Especialista do Senac EAD destaca formas de consumo e sugere receita para aproveitamento da proteína

Em 2020, o consumo da carne de frango aumentou no Brasil, impulsionado pela alta da proteína bovina que chegou a 38%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA/IBGE ).

Para se ter uma ideia da mudança no comportamento alimentar, cada brasileiro consumiu 45,27 quilos de frango, o que representa quase três quilos a mais do que o total do ano anterior, de acordo com estudo da Associação Brasileira de Proteína Animal ( ABPA ). Pesquisa apontou ainda que 69% da produção total se destinou ao mercado interno, enquanto 31% foram exportadas.

Segundo a instrutora dos cursos de gastronomia do Senac EAD, Roseli Candeo, é possível experimentar outros tipos de proteína, tanto animal como vegetal. “Além do frango, temos a carne suína e vários tipos de peixe. Mas, também é possível substituir por alimentos com alto valor nutritivo como soja, feijão, grão de bico, quinoa, entre outros”, detalha.

No caso do frango, além de ser uma boa alternativa em substituição à carne bovina, é saudável por ter fácil digestão e cozimento, indicado para pessoas de todas as idades. Contudo, Roseli alerta que a proteína deve ser bem cozida, a fim de evitar contaminação por salmonela (bactéria que pode contaminar humanos que ingerirem alimentos crus ou malpassados).

Economia e sabor

Além da diversidade de opções no preparo, o frango tem alto aproveitamento, já que é comercializado por cortes (coxa, sobrecoxa, peito, vísceras e asa) e ainda possibilita o consumo do pescoço, pés e carcaça, ricos em colágeno.

A docente do Senac EAD destaca que a facilidade de cocção do frango é uma das vantagens para quem deseja investir em um alimento saudável e de rápido manuseio. “Entre as alternativas estão o peito de frango grelhado, ou ainda partes mais suculentas como coxa e sobrecoxa que podem ser desossadas. Além disso, sobras da refeição podem ser desfiadas, congeladas e utilizadas em outro momento”, recomenda.

Mitos sobre a carne de frango

Roseli é pós-graduada em Segurança Alimentar e esclarece uma informação controversa, mas, que ainda causa receio em muitas pessoas sobre a proteína. Ela explica ser inverídica a informação de que o frango criado comercialmente (granja) tenha carne mais macia por ingerir hormônio.

“A maciez é decorrente da criação em confinamento, e por isso, a musculatura do animal não é desenvolvida. Essa comparação é feita em relação às criações domésticas, mas, no segundo caso, o frango é criado em espaços mais amplos e não tem um período padrão de abatimento”, argumenta.

Outra crença do senso comum é de que o ovo com casca escura tenha mais nutrientes do que o produto com casca branca. “A coloração é determinada pela raça da ave, mas, não existe essa diferença nutricional”, complementa a especialista.

Ao final, Roseli faz uma sugestão de receita que utiliza sobras de frango e pode agradar toda a família, confira:

Sticks de sobras de frango

Ingredientes:

– Utilize sobra de frango assado, grelhado ou frito

– Ovo

– Temperos

– Farinha de rosca
Modo de preparar:

– Separe a carne do frango da pele, ossos e cartilagens

Triture a carne num processador até virar uma pasta, dependendo da cocção desta carne não vai dar liga. Nesse caso, bata um ovo levemente e adicione, aos poucos, na pasta de carne até que vire uma bola macia no processador. Coloque os temperos como manjericão, alecrim, sálvia, tomilho, orégano, por exemplo.

– Acerte o sal e bata mais um pouco para agregar estes temperos.

Retire do processador, modele os sticks e leve ao freezer para ficar firme, sem congelar. Na sequência, passe no ovo batido e empane na farinha de rosca.

Pode ser frito ou assado, rapidamente, pois o frango já está cozido.
Fonte: Divulgação