Viajar é nossa paixão, mas como será o turismo após o Coronavírus? Por enquanto, além dos cuidados de higiene, sabemos que quanto menos aglomerações melhor, e por isso separamos nesse post lugares de natureza no Brasil, sem multidões e onde é fácil praticar o distanciamento social. No lugar de prédios e populações, pedra, mato, cachoeiras . É a reconexão com a natureza e com as nossas belezas nacionais.
Lugares de natureza no Brasil: Aparados da Serra – SC e RS
Começo esse post pelo sul do Brasil, pela região de Aparados da Serra, que para mim tem uma beleza imponente. Desenhada por canyons com até 900 metros de profundidade e até 10 quilômetros de extensão, Aparados um santuário natural isolado, formado por uma geografia que data da época da divisão dos continentes.
Além da imponência e beleza, é um destino particularmente um destino seguro nesse período de retomada das viagens, já que o contato por lá é mais com pedras e paisagens do que com pessoas.
Aqui, dois parques nacionais se encontram: o de Aparados e o parque Nacional da Serra Geral. E também dois estados: a parte de cima dos canyons faz parte da Serra Gaúcha (onde fica, por exemplo, Cambará do Sul), enquanto a parte de baixo pertence a Santa Catarina. E é nessa que montamos a base dessa viagem, no município de Praia Grande.
De Praia Grande, acessa-se facilmente tanto a parte de baixo quanto a parte de cima dos canyons.
Nessa viagem, você pode – e deve – fazer os passeios pelos dois lados. A parte alta é contemplativa, com visuais que vão até o litoral. É um cenários de gramados que terminam na beira de precipícios espetaculares, com visões de vales, cachoeiras. São passeios de contemplação, e incluem momentos gostosos com picnics montados na beira dos canyons.
Já na parte debaixo, é onde se adentra nos canyons. Estima-se que há por aqui mais de 64 canyons, e os mais famosos são os de Itaimbezinho, Faixinal e os da Pedra Branca, essa última uma região de quilombolas.
Pela parte debaixo, o caminho atravessa rios, sobe e desce pedra, cruza a floresta, acessa as cachoeiras, piscinas naturais, sempre acompanhado pela vista do paredão das fendas.
Além das trilhas, pode-se fazer passeios de balão, picnic na beira dos caninos, passeios de cavalo. O ideal é estruturar a viagem com uma agência e, nesse caso, indicamos a Canyons e Peraus.
Já a dica de hospedagem é da Moradas da Montanha, que fica na Serra do Faxinal, com duas casas de luxo para aluguel lindas, de cara pro Canyon, e com serviço super exclusivo. Ou o Parador Cambará do Sul, um glamping inspirado nos lodges da África, próximo aos cânions gaúchos.
Como chegar: o acesso mais rápido é por Jaguaruna, mas pode-se ir também por Porto Alegre.
Destinos isolados para ir depois do Coronavírus: Vale do Matutu – MG
Na lista de lugares de natureza para viajar no Brasil depois do Coronavírus, o Matutu é uma região pacata, com cara de roça charmosa, vistas espetaculares e dezenas de cachoeiras no meio da floresta
Uma riqueza natural que, inclusive, que atraiu hippies que se fixaram no local nos anos 80, e que vivem até hoje lá num belo exemplo de comunidade alternativa colaborativa.
O grande barato aqui é fazer as trilhas e visitar poços e cachoeiras, que são dezenas. Entre elas, estão as dos Macacos, Grande e dos Fundos, além do Poço das Fadas. Uma atração à parte é a Cachoeira dos Garcias, com uma queda d’água de 30 metros de altura e um poção para tomar banho.
Das trilhas e mirantes, sugerimos a do Pico Cabeça do Leão, cerda de 2h de caminhada, e a do Pico do Papagaio, sendo essa segunda necessário o auxílio de guias, já que a dificuldade é maior.
Não é preciso ir com agências para essa região, o viajante dá conta de fazer tudo sozinho. Mas, caso prefira uma empresa que ajude na organização, indicamos a MMA Ecoturismo, tradicional da cidade e com boas opções de passeios.
Para se hospedar, a experiência mais bacana é a Casa de Hóspede Patrimônio do Matutu, com comida colhida na hora, arquitetura sustentável, e conceitos de calmaria e reconexão.
Como chegar: Agora, sobre como chegar no Vale do Matutu, somente de carro. O tempo de viagem da principais capitais são de 4:30h partindo de São Paulo, via BR-116, e 6h partindo do Rio de Janeiro, via Dutra.
Lugares lindos e isolados: Chapada das Mesas – MA
Decidimos colocar na lista de lugares remotos para viajar no Brasil a lindíssima Chapada das Mesas, no Maranhão. A região fica na parte sul do estado, quase na divisa com Tocantins. Carolina é a principal cidade, que está a a 840 km de São Luís e 500 km de Palmas.
Dá para ir de avião até Araguaína ou Imperatriz, respectivamente 110 km e 220 km de Carolina, e alugar um carro, ou partir de Palmas, a capital mais próxima.
Por aqui, as principais atrações são:
- o complexo de Pedra Caída, mais próxima de Carolina, com dezenas de cachoeiras acessíveis e bem interligadas,
- o Poço Azul, de água cristalina e cor esmeralda,
- e o Encanto Azul, nascente lindíssima e de um azul único.
Se tiver alguns dias extras na região, visite os Parques Nacionais da Prata e de São Romão, que tem algumas cachoeiras e trilhas de diferentes dificuldades. O acesso é por carro e é recomendado auxilio de guias locais, facilmente contratados no centro de Carolina.
Como dica de hospedagem, o Rancho das Estrelas, a 12 km do centro de Carolina. O lugar tem quartos espaçosos, um jardim relaxante e um excelente café da manhã.
Lugares remotos para viajar: Serra da Canastra – MG
Talvez você já tenho ouvido falar do queijo canastra, um dos mais tradicionais de Minas Gerais. Pois ele tem esse nome por ser produzido na região do Parque Nacional da Serra da Canastra, lugar remoto e lindo, rodeado de natureza exuberante, e é mais um destino das lista de lugares para ir no Brasil depois do Coronavírus..
A Serra da Canastra fica no Sul de Minas, a e as principais entradas para o parque nacional ficam em São Roque de Minas, Portaria 1, e Vargem Bonita, Portaria 4.
O acesso de Belo Horizonte é pela MG-050, em um trajeto de 6:40h de carro. Já de São Paulo o tempo é de 8:40h, pela BR-050.
Só fique atento ao detalhe de que as estradas dentro do parque são de terra, e que vale à pena ir de 4×4 (se não tiver um 4×4, dirija com mais cuidado). Também por conta da estrada, evite os meses entre novembro e março, quando chove mais e as rotas ficam mais enlameadas.
Do que fazer no Parque Nacional, sugerimos dividir o dias de acordo com as atrações mais próximas de cada cidade.
Partindo de Vargem Bonita, conheça a Cascata d’Anta, as piscina naturais do Tio Zezico, o Morro do Carvão (no pôr-do-sol), e as cachoeiras da Chinela e Lavrinha.
Já do lado de São Roque, é indispensável conhecer a nascente do rio São Francisco, as cachoeiras dos Rolinhos, do Cerradão e do Fundo e o Curral de Pedras.
Além das atrações naturais, reserve um tempo para visitar alguma das fazendas de queijo. Recomendamos duas, a Sr. Zé Mário e É nóis na Canastra.
Como hospedagem, indicamos a Pousada Praia da Crioula, que fica entre as cidades de Vargem Bonita e São Roque, em uma propriedade rodeada de natureza.
Os chalés são espaçosos, bem iluminados e confortáveis. Ah, o nome praia é por causa de um rio que corre próximo e os hóspedes podem curtir.