Marielle Franco, em foto de fevereiro de 2018 — Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP/Arquivo

Marielle Franco, em foto de fevereiro de 2018 — Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP/Arquivo

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou em segundo turno, nesta terça-feira (5), a criação da Praça Marielle Franco em Brasília. Eleita pela cidade do Rio de Janeiro, a vereadora foi assassinada em março do ano passado, junto ao motorista Anderson Gomes.

O projeto, de autoria do deputado distrital Fábio Felix (Psol), segue para sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB). A proposta prevê que uma praça no Setor Comercial Sul (SCS), próximo à Galeria dos Estados, receba o nome da vereadora.

Segundo o projeto de lei, o objetivo da proposta é “manter viva a memória e o legado de luta deixado por Marielle e para que outras vozes não sejam silenciadas, mas sim potencializadas e empoderadas”.

Antes de ser aprovado em plenário, o projeto passou na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar e na Comissão de Constituição e Justiça da CLDF.

Outras Manifestações
Intervenção em placa da Ponte Costa e Silva; sinalização foi adesivada com nome de Marielle Franco — Foto: Movimento de Mulheres Olga Benario/Divulgação

Intervenção em placa da Ponte Costa e Silva; sinalização foi adesivada com nome de Marielle Franco — Foto: Movimento de Mulheres Olga Benario/Divulgação

Em julho, um grupo de ativistas cobriu a placa da Ponte Costa e Silva, no Lago Sul, com o nome de Marielle Franco. No dia seguinte à intervenção, os adesivos já haviam sido retirados do local.

Na última sexta-feira (1º), manifestantes fizeram um ato na Esplanada dos Ministérios pedindo respostas sobre os mandantes do assassinato da vereadora.

Caso Marielle
Marielle Franco, em foto de novembro de 2017 — Foto: Mario Vasconcellos/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP/Arquivo

Marielle Franco, em foto de novembro de 2017 — Foto: Mario Vasconcellos/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP/Arquivo

A vereadora Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro, por volta das 21h30 de 14 de março do ano passado. Além dela, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu.

Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, desde o início, foi execução.

Os assassinos emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Os criminosos fugiram sem levar nada.

PM e ex-PM presos
Ronnie Lessa e Élcio Queiroz vão a audiência de custódia — Foto: Reprodução/TV Globo

Ronnie Lessa e Élcio Queiroz vão a audiência de custódia — Foto: Reprodução/TV Globo

Em 12 de março de 2019, dois dias antes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completar um ano, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam o homem apontado como o autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista: o policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos.

Na mesma operação, batizada de Lume, também foi preso o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, que foi expulso da corporação. Ele é apontado como o motorista do carro usado no crime.

Lessa e Queiroz foram denunciados por homicídio qualificado de Anderson e Marielle, e pela tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora da vereadora que também estava no carro.

Segundo o MP, Marielle foi “sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”. O MP e a Polícia Civil, entretanto, até hoje não esclareceram quem foram os mandantes do crime.

Fonte: G1