Conhecida por afetar parte significativa da população mundial e descoberta apenas nos anos 1980, a Síndrome Metabólica é composta por um conjunto de fatores de risco para problemas cardíacos. Inclusive, pacientes diagnosticados com a condição apresentam maior probabilidade de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. A condição também é chamada pelo nome de síndrome de resistência à insulina.
De acordo com uma pesquisa dos Estados Unidos, mais de 1 em cada 5 norte-americanos — o que representa mais de 20% da população — é portador da Síndrome Metabólica. Além disso, o número de pessoas diagnosticadas aumenta com a idade. Por exemplo, ela afeta mais de 40% das pessoas na faixa dos 60 e 70 anos.
No Brasil, a prevalência de Síndrome Metabólica é de 38,4%, de acordo com estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Federal de Ouro Preto. Em pessoas com mais de 60 anos, ela pode afetar até 66% dos idosos.
Vale observar que, como os dois estudos não utilizaram a mesma metodologia, os resultados de prevalência entre os norte-americanos e os brasileiros não são exatamente comparáveis. Por outro lado, ambas as pesquisas apontam para a alta incidência da Síndrome Metabólica nas duas populações.
Quais complicações de saúde a pessoa pode desenvolver?
Segundo a Cleveland Clinic, determinados perfis de pacientes podem ter maior risco de apresentar a síndrome. Por exemplo, pessoas com obesidade central (região do abdômen e da cintura). Outro caso são pessoas diagnosticadas com diabetes mellitus ou com forte histórico familiar da doença
Além disso, quem tem Síndrome Metabólica pode ter algumas complicações de saúde. Por exemplo, é comum apresentarem: danos ao revestimento das artérias coronárias e de outras artérias; dificuldade na capacidade dos rins em remover o sal; aumento nos níveis de triglicerídeos; risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos; diminuição da produção de insulina; e fígado gorduroso.
Essas condições favorecem o aparecimento, principalmente, de doenças cardíacas e de quadros de derrame. No entanto, outras complicações, como hipertensão e insuficiência hepática, podem ser desencadeadas. Por isso, é necessário sempre manter o acompanhamento médico.
O que causa a doença? E quais são os sintomas?
A ciência ainda não conhece a causa exata da Síndrome Metabólica. Só que muitas características estão associadas à resistência à insulina, o que faz esta ser considerada a principal causa da síndrome. Isso porque, segundo pesquisadores, o corpo do paciente não usa a insulina de forma eficiente para reduzir os níveis de glicose e triglicérides.
Caso este fator considerado genético esteja associado a um estilo de vida não saudável, o risco de problemas de saúde decorrentes dessa condição é aumentado. Por isso, é necessário manter hábitos alimentares saudáveis, atividades físicas e, muito provavelmente, padrões de sono regulares.
Quem tem a síndrome, dificilmente apresenta sintomas da condição. Na verdade, a maioria dos problemas aparece associados à síndrome e se desenvolvem com o tempo. Inclusive, é por isso que a incidência é maior nos mais velhos, onde os sinais são mais perceptíveis.
Exercícios físicos e alimentação saudável
Como a falta de atividade física e o excesso de peso são os principais contribuintes para o desenvolvimento da Síndrome Metabólica, especialistas recomendam que uma vida ativa pode ajudar a reduzir ou prevenir as complicações associadas a essa condição. Dependendo do quadro, o médico responsável também pode prescrever medicamentos para controlar complicações já existentes.
Por exemplo, apenas o aumento da atividade física diária pode melhorar sua sensibilidade à insulina. Nesses casos, uma caminhada diária de 30 minutos, em um passo mais acelerado, pode promover a perda de peso, melhora da pressão arterial e dos níveis de triglicerídeos, além de reduzir o risco de desenvolver diabetes.
Agora, observado apenas a dieta, reduzir a porcentagem de carboidratos consumidos pode ser um importante aliado para a saúde. Além disso, a pessoa deve priorizar o consumo de gorduras boas, como óleo de canola, azeite de oliva, óleo de linhaça e nozes. Tanto para melhorar a dieta quanto para adotar uma rotina mais ativa, vale sempre buscar a orientação de um profissional da saúde. Cleveland Clinic .
Fonte: Canaltech