Dezembro marca a chegada do verão e, com ele, o mês da campanha realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para a conscientização, cuidados e prevenção contra o câncer de pele.

De acordo com estimativa feita pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), no triênio 2020/2022, são esperados 185.380 novos casos de câncer de pele melanoma e não melanoma por ano, cerca de 88 mil em homens e 97 mil em mulheres. No DF, O Inca aponta para 114,13 casos de câncer de pele não melanoma para cada 100 mil mulheres, e 77,24 casos para o mesmo quantitativo de homens.

– A oncologista clínica da Oncoclínicas, Claudia Ottaiano, explica os diferentes tipos de câncer de pele existentes. “O câncer de pele pode ser de dois tipos, melanoma e não melanoma. O melanoma é o tumor que tem origem nos melanócitos, células que produzem a melanina, e essa melanina pode estar presenta na pele e no olho. Os outros tumores são considerados não melanoma”, explica a especialista.

A oncologista alerta para a importância do diagnóstico precoce para um tratamento com maiores chances de cura. “As lesões de pele com características de assimetria, borda irregular, diferentes cores na mesma lesão e o aumento de seu diâmetro para mais que meio centímetro, devem ser consideradas suspeitas e avaliadas por uma equipe médica. Essa detecção precoce é muito importante em relação ao prognostico”, destaca Ottaiano.

O câncer de pele é o mais frequente entre homens e mulheres e representa quase 30% de todos os tipos da doença. As mortes pelo câncer não melanoma chegam a 2.616, sendo 1.488 homens e 1.128 mulheres, segundo dados do Atlas de Mortalidade por Câncer, compilado pelo Inca.

– A dermatologista, membro da SBD, e sócia da Clínica Harmonie, Clarissa Borges, alerta que o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento mais assertivo e a diminuição do índice de mortes em decorrência de cânceres melanomas. “Os cânceres de pele são visíveis logo no seu início, o que facilita o seu tratamento. Porém, quando o paciente demora a procurar o médico, uma doença antes simples de tratar, em seu estágio de início, pode se tornar fatal”, ressalta a dermatologista.

A especialista destaca que a maioria das pessoas acreditam que devem passar protetor solar apenas em longos momentos de exposição ao sol, mas é durante as atividades rotineiras, que o dano à saúde da pele é maior. “A aplicação do protetor solar deve acontecer ao longo do dia e em diversas áreas do corpo, não só no rosto. Toda área do corpo que não estiver vestida necessita da aplicação de bloqueador com, no mínimo, FPS 30”, alerta Clarissa.

 

Fonte: Divulgação