Nessa semana super importante, confira lista com a sinopse de 10 livros escritos por mulheres inspiradoras do Brasil e mundo
Odia 8 de março é reconhecido mundialmente como o Dia da Mulher. A ideia surgiu no final do século XX, na Europa e nos Estados Unidos, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, de direito de voto.
Hoje, com o feminismo em pauta, o dia passa a inspirar reflexões sobre o papel feminino no mundo. Nas temporadas de moda internacionais, pipocaram nas passarelas camisetas com frases de empoderamento, como “The Future Is Female” (o futuro é feminino) e “We Should All Be Feminists” (todos deveríamos ser feministas).
No entanto, ainda existe uma grande desigualdade de gênero que parece passar batida pela própria indústria: das 50 maiores grifes de moda, apenas 14% tem liderança feminina e menos de 25% dos altos cargos das maiores empresas são ocupados por mulheres. Em outros setores, a realidade se repete.
Para mudar esses números e ajudar a construir um melhor cenário para o nosso futuro, convidamos você a valorizar e incentivar o trabalho criado por mulheres. Assim, nessa semana tão importante, separamos uma lista com 10 livros de autoria feminina para ter na estante. Eles vão te ajudar a compreender melhor o feminismo, o universo da moda e a repensar a construção social do feminino na sociedade. Confira:
1. “Persépolis”, de Marjane Statrapi
A escritora iraniana conta sua autobiografia gráfica em “Persépolis”. A história em quadrinhos concentra-se na época da queda do Xá e de seu regime brutal. Ela se revolta com as imposições fundamentalistas dos rebeldes, especialmente contra as mulheres.
Marjane Satrapi ficou conhecida como a 1ª iraniana a escrever histórias em quadrinhos. O livro “Persépolis”, inclusive, chegou a ser indicado ao Óscar.
2. “Outros Jeitos de Usar a Boca”, de Rupi Kaur
“Outros Jeitos de Usar a Boca” é da poeta feminista contemporânea Rupi Kaur. Seu assunto é no geral sobre sobrevivência. Fala acerca de experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. Com poemas curtos a mensagem de inspirar o autoamor feminino é transmitida pela autora.
A escritora Rupi Kaur tem 29 anos, é natural da Índia e ficou muito conhecida após um projeto fotográfico com uma foto sua deitada na cama com uma mancha menstrual em sua roupa. A imagem foi deletada pelo Instagram por não seguir as Diretrizes da Comunidade, mas posteriormente eles restauraram e afirmara terem deletado por engano. O clique se tornou viral e virou notícia no mundo todo.
3. “Calibã e a Bruxa”, da Silvia Federici
Uma das escritoras ativistas femininas mais importantes da Itália, Silvia Federici é autora de “Calibã e a Bruxa”. O livro concentra-se na história das mulheres, das lutas coletivas durante o feudalismo e da vida comunal de controle do corpo pelo Estado. Movimentos importantíssimos na transformação trazidos pelo capitalismo, especialmente para as mulheres.
A italiana Silvia Federici possui 80 anos. Escreveu 4 livros. E é uma antiga defensora da ideia de que o trabalho doméstico é um trabalho não remunerado. Ela fundou o movimento Wages for Housework (Salários para o trabalho doméstico) no início dos anos 1970.
4. “Lugar de Fala”, da Djamila Ribeiro
Um grande feito da filósofa e autora do premiado “Pequeno Manual Antirracista”. O assunto do livro é sobre entender o lugar de fala. Para isso, ela conta ser necessário estudar um pouco de história. Especialmente sobre como o privilégio epistêmico prevaleceu o homem branco.
Natural de São Paulo, Djamila possui 41 anos. É autora de outras 3 obras. E um dos nomes mais conhecidos quando se fala em ativismo negro no Brasil.
5. “Mulheres, Raça e Classe”, de Angela Davis
A intelectual e feminista estadunidense Angela Davis escreveu o livro “Mulheres, Raça e Classe”. O livro concentra-se em uma de suas maiores ideias, a de que há uma inseparável intersecção entre classe, raça e gênero. Sendo o seu título mais difundido no Brasil.
Autora de outras 3 obras, Angela é defensora da igualdade entre negros e brancos e a igualdade de gênero. Nasceu no Alabama, EUA, em 1944. Por isso, desde cedo vivenciou o racismo.
6. Moda Intuitiva, da Cris Guerra
Cris Guerra é publicitária e foi uma das primeiras blogueiras do país a adotar o “look do dia”. Em 2013, ela lançou o livro Moda Intuitiva, um “não-manual” de moda que auxilia o leitor a desenvolver o olhar e descobrir o seu próprio estilo, sem regras e com muita essência. O livro marcou presença na lista dos mais vendidos da revista Veja e também entre os 10 livros de moda mais vendidos na Saraiva em 2016.
7. The Beauty Myth, da Naomi Wolf
he Beauty Myth, ou em português O Mito da Beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres” é um livro publicado em 1991 que analisa como a indústria e o culto à beleza manipulam imagens que minam a resistência psicológica e material feminina. A autora analisa cinco áreas gerais e a sua relação com o belo (emprego, cultura, religião, sexualidade, distúrbios alimentares e cirurgia plástica), mostrando como essa construção social atua como um grande empecilho para que as mulheres obtenham prestígio e poder na sociedade. Leitura imperdível para todos!
8. A Moda E Seu Papel Social: Classe, Gênero e Identidade Das Roupas, da Diana Crane
Esse é um livro um pouco mais teórico, essencial para quem gosta de estudar sociologia e comportamento. A autora propõe uma análise do papel da moda em torno das demarcações de gênero, classe social e da subjetividade do indivíduo, assuntos extremamente atuais. Sua leitura se divide em vários capítulos, que estudam a moda desde sua origem, demonstrando como sua função de indicar status social foi alterada de maneira gradativa até se transformar em um poderoso fator construção da identidade individual, através da sua correspondência com valores que cada pessoa escolhe cultivar.
9. A moda do século XX, de Valerie Mendes e Amy de La Haye
Mais um livro interessante para os estudantes e apaixonados pelo design de moda. Aqui, as autoras fazem um levantamento conciso e bem abrangente de todos os desenvolvimentos da moda, em um século que trouxe uma crescente preocupação com o vestuário e a imagem pessoal. Desde a silhueta em S da virada do século até o bustiê dos anos 1990, o livro se concentra nos mais importantes movimentos sociais e inovações essenciais nos estilos feminino e masculino. A leitura abrange os estilistas e centros de moda mais influentes do século, explorando os trabalhos mais originais e relevantes.
10. Girl Boss, da Sophia Amoruso
Pensando em começar o seu próprio empreendimento? Então você não pode deixar esse livro de fora. Escrito pela fundadora do site Nasty Gal, Sophie Amoruso, #GIRLBOSS é uma autobiografia, focada no empreendedorismo feminino.
A autora conta a sua trajetória como empresária, que começou aos 22 anos, vendendo roupas usadas no Ebay, e culminou no lançamento da loja virtual Nasty Gal, uma empresa internacional, avaliada em mais de 100 milhões de dólares. Além da sua própria história, Sophia também aborda outros assuntos diversos e desmistifica a ideia do sucesso, mostrando que confiar nos próprios instintos e seguir a intuição são armas valiosas no mundo dos negócios.
Fonte: Fashion Bubbles