Um grupo de cientistas do braço de pesquisas da General Electric, a GE Research, está trabalhando no desenvolvimento de uma nova maneira de tratar a diabetes tipo 2. O principal diferencial do novo tratamento é o fato de o método não usar insulina para tratar a doença.

Os resultados do estudo foram publicados no final de março na revista Nature Biomedical Engineering, onde foi relatado que os pesquisadores usaram um tipo especial de ultra-som com foco periférico (pFUS). Nos testes, o pFUS foi usado para reduzir os níveis de açúcar no sangue das cobaias.

Em três espécies diferentes de modelos animais, o tratamento funcionou contra a diabetes tipo 2 e não exigiu o uso de pílulas adicionais. De acordo com o endocrinologista da Universidade de Yale, Raimund Herzog, que trabalhou no estudo, os resultados são bastante animadores.

“Infelizmente, atualmente existem muito poucos medicamentos que reduzem os níveis de insulina”, disse Herzog. Segundo o pesquisador, isso representaria uma adição importante à gama dos atuais tratamentos disponíveis atualmente para a diabetes tipo 2, que é o tipo mais comum de diabetes no mundo.

De acordo com a GE, o ultrassom pode ser usado para prevenir e reverter o diabetes e se mostrou animador em estudos pré-clínicos. Segundo o engenheiro biomédico da empresa, Christopher Puleo, a viabilidade dos testes do equipamento em humanos já está no horizonte.

Caso a tecnologia chegue ao mercado, preencherá uma lacuna grande e urgente, já que os preços da insulina têm disparado. Por conta disso, pessoas com diabetes tipo 2 que vivem em países sem sistemas públicos de saúde, como os Estados Unidos, não podem mais pagar por seus tratamentos.

Fonte: Olhar digital