Apesar de ser um destino empresarial bastante movimentado, não são muitos os turistas que consideram fazer uma viagem a São Paulo unicamente dedicada ao turismo.

Ainda assim, na minha opinião, a maior cidade do país pode render um roteiro e tanto. Isso é claro, se você tiver um ponto fraco por metrópoles.

E, como em qualquer grande cidade, para que os seus dias realmente sejam proveitosos é indispensável que você se organize adequadamente. Chegar sem planos pode até oferecer algumas descobertas inusitadas, porém, Sampa tem tantas atrações e peculiaridades que o melhor a fazer é se informar antecipadamente.

Portanto, se você quer realmente aproveitar o que há de melhor numa viagem a São Paulo, leia este texto atentamente até o final.

Dicas de viagem a São Paulo

  1. O que esperar de uma viagem a São Paulo?
  2. Quando ir?
  3. Quantos dias ficar?
  4. Como chegar?
  5. Onde se hospedar?
  6. Como se locomover
  7. Atrações e passeios
  8. Onde comer em São Paulo
  9. Principais gastos numa viagem a São Paulo
1- O que esperar de uma viagem a São Paulo?

O clichê “você encontra de tudo em São Paulo” não poderia ser mais verdadeiro.

Apesar de não ter praias e não ser o destino mais adequado para quem está em busca de tranquilidade, é possível encontrar alguns refúgios espalhados pelos quatro cantos de Sampa. Aliás, locais que nos fazem esquecer que estamos na cidade mais caótica do país.

Parques urbanos e outros nem tanto, museus pra todos os gostos e restaurantes do mundo inteiro a uma quadra de distância um do outro. Tudo isso pode ser encontrado sem muita dificuldade durante uma viagem a São Paulo.

Sobre os preços, é preciso analisar com cuidado. É sim possível fazer uma viagem econômica a São Paulo. Afinal, muitas atrações podem ser visitadas gratuitamente.

Por outro lado, refeições pelas bandas dos lugares mais turísticos não costumam ser das mais baratas.

Viajar para São Paulo - dicas
Parque do Ibirapuera

2- Quando ir?

Basicamente quando você puder e quiser.

Viajar a São Paulo não exige que você se programe para apenas uma estação ou época especifica do ano. Se estiver chovendo, por exemplo, basta trocar o passeio ao ar livre por alguma atração em ambiente fechado. Ou vice-versa.

Independente de quando forem os seus dias de turismo, vale pesquisar sobre eventos, feiras e atrações temporárias. Dois blogs que divulgam uma programação mensal de atividades, e são excelentes fontes de informação sobre Sampa, são o Coisos On The Go e o Tô Pensando em Viajar.

Para encontrar a cidade em dias atípicos e menos agitados, os feriados prolongados costumam ser uma boa ideia, já que muitas atrações permanecem abertas.

Ou ainda na outra ponta, os meses de férias escolares tendem a ser mais movimentados turisticamente falando. Isso porque, muitos moradores aproveitam para bater perna na própria cidade.

3- Quantos dias ficar?

Sampa não é uma cidade para se visitar uma única vez. Aliás, se ela conseguir te conquistar, é provável que você voltará pra casa fazendo planos de regressar em breve.

Para uma primeira viagem a São Paulo, recomendo que você passe ao menos quatro dias inteiros por lá. Se o tempo permitir, fique seis dias inteiros e garanta que não irá embora com a sensação de que ficou pouco tempo.

Podendo ser ainda mais flexível, fique de terça a domingo, que é quando você poderá aproveitar as atrações durante a semana, final de semana, e fugir da segunda-feira, que é quando muitos lugares estão fechados.

4- Como chegar

Se vier de ônibus, é quase certo de que você chegará pelo Terminal Rodoviário da Barra Funda ou pelo Terminal Rodoviário Tietê – este último o maior e que oferece mais destinos de ida e vinda.

Em ambos terminais você estará conectado a rede de metrô de São Paulo, sendo que a Barra Funda faz parte da linha vermelha, e o Tietê da linha azul.

Quem preferir mais conforto, as duas dispõem de taxistas para embarque imediato, ou você poderá usar ainda algum aplicativo.  Fiz uma simulação pelo Uber, e uma corrida destas regiões até a Avenida Paulista, por exemplo, deve custar entre R$ 20,00 e R$ 30,00.

Vindo de avião, o Aeroporto de Congonhas é o mais próximo dos principais bairros da capital, porque está, de fato, dentro da cidade. No entanto, apesar de facilitar a vida na hora de chegada e saída, as passagens aéreas costumam ser mais caras por ele.

Por outro lado, o Aeroporto de Guarulhos (Cumbica), apesar de mais afastado, possui maior oferta de voos e, consequentemente, preços mais atraentes. Porém, se você pretende fazer o deslocamento aeroporto-cidade de táxi, prepare o bolso pois não sairá por menos de R$ 100,00.

Para ambos é possível ir e vir com linhas de ônibus do transporte público.

5- Onde se hospedar?

São Paulo oferece ao menos meia dúzia de bairros adequados para quem vai a uma viagem de turismo para maior metrópole brasileira. E, para decidir qual deles mais se adequa as suas necessidade, recomendo que leia o texto “Onde ficar em São Paulo | Os melhores bairros”.

Porém, a dica que vale para qualquer região que você escolher, é: fique perto de uma estação de metrô. O transporte subterrâneo é uma das melhores maneiras de se locomover por lá.

Apesar de não ser tão confortável quanto um carro, muitas vezes será mais rápido e sempre – ou ao menos em 99% dos casos – mais barato.

Para adiantar o seu lado, deixo aqui algumas sugestões de hotéis que costumam ter um ótimo custo-benefício. Como a região da Avenida Paulista costuma ser uma localização coringa, todas as indicações estão por lá, ou muito próxima a ela

Os viajantes que estiverem em busca de um albergue, o The Hostel Paulista e o Soul Hostel estão a uma quadra da Paulista e a menos de 10 minutos de caminhada da estação de metrô Trianon Masp. São minhas escolhas sempre que quero me hospedar por estes lados.

O Ibis São Paulo Paulista é uma opção clássica, excelente pra quem não quer gastar muito e com localização privilegiadíssima.

Se afastando um pouco do burburinho, o Comfort Nova Paulista é uma opção bem cotada e que não costuma decepcionar.

Por fim, podendo investir um pouco mais, vale conferir as suítes do Transamerica Executive Paulista e do Mercure Sao Paulo Paulista.

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Avenida Paulista

6- Como se locomover

Apesar de parecer contra intuitivo, se locomover em São Paulo não é difícil. É claro que se você for depender de carro ou ônibus, o deslocamento poderá levar mais tempo do que você imaginava. Afinal, muitas vezes para percorrer poucos quilômetros se gasta uma hora.

No entanto, boa parte das atrações turísticas de São Paulo são próximas às estações de metrô, e eu realmente recomendo que você as utilize.

Para saber em qual estação subir ou descer, eu sempre utilizo o simples e eficiente Google Maps. Ao menos em São Paulo as informações obtidas por ele costumam ser bastante precisas.

dicas de como se locomover em São Paulo
São Paulo

7- Atrações e passeios

Seria impossível listar todas as possibilidades de passeios para fazer em  São Paulo em um único texto.

Porém, ainda assim, farei um breve resumo por aqui.

Se acaso você não abre mão de conhecer museus e centros culturais, corra para a Avenida Paulista e passe o dia inteiro por lá. Alguns clássicos da avenida, são: o MASP (Museu de Arte de São Paulo), Instituto Moreira Salles, Japan House, Casa das Rosas e Itaú Cultural. Além disso, a icônica Livraria Cultura também está na Paulista, mais especificamente no Conjunto Nacional.

O centro e seus arredores rendem mais um dia inteiro na sua viagem a São Paulo. Algumas das atrações para colocar na sua lista, são: Bairro da Liberdade, Catedral da Sé, Mercadão Municipal, Mirante do Edifício Itália, Theatro Municipal e o Centro Cultural Banco do Brasil.

Pra quem curte parques, o famosíssimo Parque do Ibirapuera, Parque Villa Lobos, Parque da Aclimação e o Jardim Botânico são alguns dos meus lugares favoritos na cidade.

Pela região da Vila Madalena e Pinheiros, além de não faltarem bons bares e restaurantes para a sua noite, durante o dia você pode conhecer galerias de arte, cafeterias, a Livraria da Vila e o fotogênico Beco do Batman.

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Instituto Moreira Salles

8- Onde comer em São Paulo

Assim como seria impossível listar todas as atrações turísticas de São Paulo num único texto, é impossível listar todas as possibilidades para as suas refeições. Portanto, vou me limitar a indicar opções que já experimentei.

Pelo centro de São Paulo, o Mercadão Municipal é um clássico que atrai muitos viajantes e que de fato oferece boas opções para um almoço. Além do tradicional pastel de bacalhau e sanduíche gigante de mortadela, há outros estabelecimentos que oferecem refeições caprichadas. O preço, no entanto, não é dos mais econômicos.

O Mercado de Pinheiros não fica atrás e atualmente dispõem de uma praça de alimentação de dar água na boca. Sempre que vou acabo indo nas pizzas da Napole Centrale. Porém, há também o ceviche da Comedoria Gonzales, além do escondidinho, baião de dois e dadinhos de tapioca do Mocotó Café.

Pra quem não abre mão de um café, sempre que posso vou ao KOF – King of The Fork, em Pinheiros, para adoçar a vida com seus irresistíveis cookies. Ou ainda, quando estou próximo da Rua Augusta, faço a pausa para o café no Urbe Café.

Como também não sou de negar um bom hambúrguer, gosto do preço e da simplicidade da rede Bullguer (na Vila Madalena), do ambiente do Jazz Restô e Burgers (na Vila Mariana) e do descolado Cabana Burger (na Rua Oscar Freire).

Já representantes de outros países, recomendo o colombiano La Gorgona, o Rinconcito Peruano (obviamente peruano), e o complexo gastronômico Eataly. Este último, apesar de não ser dos mais econômicos, oferece uma experiência pra lá de original, com o Jantar Itinerante.

Voltando à nossa brasilidade, o melhor Baião de Dois que comi na vida foi no Bar do Biu, que fica em Pinheiros. Lugar sem frescura, com pratos fartos e preços realistas.

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Café no King of The Fork

9- Principais gastos numa viagem a São Paulo

Mais do que em qualquer outro destino, os gastos de uma viagem a São Paulo irão variar drasticamente dependendo das suas exigências.

O que eu posso deixar aqui é um resumo do valor médio que eu encontro na maioria dos lugares que frequento, mas saiba que não há limite para ostentação.

Quem for ficar em albergue, é possível encontrar bons hostels perto da Avenida Paulista que cobram entre R$ 45,00 e R$ 55,00 pela diária da cama num quarto compartilhado. Se afastando dessa área e procurando por ofertas em sites como o Booking.com, é possível encontrar alternativas por até R$ 30,00.

Para quem prefere a privacidade e conforto de um hotel, a brincadeira começa na casa dos R$ 200,00 pela diária.

Sobre refeições, é possível encontrar pratos executivos na casa dos R$ 25,00. Porém, lembre-se de que são estabelecimentos mais populares e sem sofisticação.

O preço médio de um hambúrguer fica em torno de R$ 30,00.

Por fim, sobre passeios e atrações, cada uma delas tem um preço distinto e, neste caso, o ideal é que você consulte exatamente aquelas que pretende conhecer.

Ainda assim, deixo uma última dica para sua viagem a São Paulo: fique de olho no dia da semana em que as atrações oferecem entradas gratuitas, ou com desconto.

3 lugares para se hospedar em São Paulo

($) Para os viajantes que procuram um albergue, o Soul Hostel é uma opção bem avaliada.

($$) Quem faz questão de privacidade, mas não quer gastar uma fortuna, o Ibis Sao Paulo Paulista tem um ótimo custo-benefício.

($$$) Podendo investir um pouco mais, vale conferir as suítes do Estanplaza Paulista.

Fonte: Volto Logo