A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), órgão similar à Anvisa dos EUA, aprovou na última sexta-feira (13) A Tirzepatida, um novo medicamento para diabetes tipo 2. A droga é produzida pela Eli Lilly e reduz o açúcar no sangue de pacientes diabéticos.
Segundo o FDA, o Tirzepatida se destacou mais nos ensaios clínicos do que outros medicamentos que foram testados em conjunto com ele. De acordo com a agência, a aprovação do medicamento é um avanço importante para o tratamento da diabetes tipo 2.
Bilhete premiado
O Tirzepatida, que tem o nome comercial de Mounjaro, é visto pelos médicos como uma droga bastante promissora para o tratamento da diabetes tipo 2 e para a perda de peso. Porém, para os investidores da Eli Lilly, o medicamento é visto como um bilhete premiado.
O simples anúncio do medicamento no ano passado fez com que as ações da empresa subissem 50% desde então. Para a empresa, além de um tratamento eficaz para a diabetes, a descoberta vai virar o jogo na luta contra a obesidade nas próximas décadas.
“Acreditamos que, quando olharmos para as décadas de 2020 e 2030, veremos isso como um momento em que começamos a entender que a obesidade pode ser revertida, que isso pode ser tratado como uma doença”, disse o diretor científico da Eli Lilly, Daniel Skovronsky.
Desafogo para os sistemas de saúde
Eli Lilly acredita que a Tirzepatida causará uma verdadeira revolução no tratamento da obesidade.
De acordo com Skovronsky, o papel que a Tirzepatida exerce no tratamento da obesidade pode: “evitar uma enorme carga de morbidade e mortalidade por diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, doenças hepáticas e outras doenças”. Para ele, essa será uma grande mudança na saúde pública.
A Tirzepatida, diferente dos medicamentos existentes no mercado, não tem como alvo o hormônio conhecido como peptídeo-1, que está envolvido no controle da glicose. A nova droga, por sua vez, tem como alvo o polipeptídeo insulinotrópico, além do próprio peptídeo-1.
Fonte: Olhar Digital