Entenda quais são os principais sinais de frio nos cães e o que fazer quando identificá-los.
Na última quarta-feira (18), o Distrito Federal registrou o dia mais gelado de sua história: 1,4 °C. Em São Paulo, o frio também foi intenso, com registros na casa dos 6,6 °C. Segundo sites especializados em previsão do tempo, o clima só deve voltar a esquentar na próxima segunda-feira (22). Diante das baixas temperaturas, uma dúvida é recorrente entre tutores de cachorros: será que eles sentem frio?
Segundo a médica-veterinária Salua Carolina Catâneo, especializada em dermatologia e gerente de marketing de uma marca com foco em higiene e saúde animal, ainda que os cães tenham pelos e um organismo diferente dos humanos, eles também podem sofrer com as baixas temperaturas.
“Os cães são animais, que diferente dos humanos, possuem uma camada de pelo que recobre toda sua pele e os mantêm com uma temperatura de aproximadamente 29 ºC na superfície, independente do meio externo, é como se tivessem um cobertor por cima do corpo. Porém, quando os termômetros caem drasticamente, eles utilizam mecanismos do próprio corpo para tentar controlar o frio e, se eles perdem essa capacidade natural de controle, é necessário ajuda”, explica a profissional.
Sinais de frio
No geral, cães de pelos curtos costumam ter mais dificuldades para controlar a temperatura, sendo que algumas raças podem sofrer mais com o frio do que outras. “Entre as menos resistentes ao frio podemos destacar o chihuahua, pitbull, boston terrier, pug, buldogue francês, boxer, daschund, pinscher e yorkshire”, elenca a médica-veterináriaCarolina Llanos.
Animais que têm muito pelo, como o husky siberiano, samoieda, chow chow e são bernardo, por outro lado, são mais resistentes às baixas temperaturas. “O motivo que faz esses cães serem mais tolerantes aos dias gelados é a pelagem, composta por pelos e subpelos. Mesmo assim, eles podem sentir frio, no entanto, com menos comprometimento que os outras raças de pelagem curta”, esclarece o médico-veterinário Marcelo de Moraes.
Para saber se o pet está ou não com frio vale sentir se as patas, focinho e orelhas estão gelados e também observar o comportamento do animal. “Como o organismo está tentando se preservar, as extremidades sofrem vasoconstrição para que o sangue vá para órgãos importantes e, por isso as patinhas, as orelhas e até o focinho ficam mais “gelados”. Além disso, o pet pode passar muito tempo deitado, com o rabo encolhido, tentando se esquentar e apresentar tremores no corpo para gerar mais calor”, observa Salua.
Como ajudar?
Manter os animais dentro de casa em um ambiente protegido do frio é o ideal para garantir o bem-estar deles nos dias mais gelados, sendo importante providenciar caminha e cobertor para deixá-los mais aquecidos. As roupas também são boas alternativas para animais de pelo curto, que aceitam o acessório.
“Essencial ter uma caminha com uma coberta leve, para que o pet possa se aquecer quando sentir frio. Ter ambientes em casa longe do vento e onde ele possa se abrigar, bem como casinhas no jardim, ajudam os pets que vivem em ambientes externos. Já nos cães de pelos curtos pode ser utilizado roupa, se o animal gostar, para não causar um estresse maior ainda para o pet”, diz Salua.
“É interessante manter o chão da casinha fora do contato direto com o piso. Uma boa alternativa é usar jornais, tatames, cobertores e até a caminha. O tutor também pode forrar o fundo da estrutura com serragem ou palha”, completa Marcelo.
Fonte: Casa e Jardim