Para este ano, o alvo central é de 3,50% e, no próximo, de 3,25%, sem modificações pelo CMN

Mesmo com o estouro da meta de inflação por três anos consecutivos no radar, o Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a estratégia de redução do alvo a ser perseguido pelo Banco Central, em decisão nesta quinta-feira, 23. O CMN estabeleceu a meta de inflação de 2025 em 3,00%, a mesma já adotada para 2024. Para este ano, o alvo central é de 3,50% e, no próximo, de 3,25%, sem modificações pelo CMN.

A meta de inflação é o norte do Banco Central em suas decisões sobre o rumo dos juros no País. Há ainda uma margem tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos em todos os anos em relação aos resultados do IPCA – índice oficial de inflação. No caso de 2024 e 2025, o limite inferior é de 1,5% e o superior, de 4,5%. Já para o ano que vem, o piso é de 1,75% e o teto, de 4,75%.

Após o BC descumprir seu mandato principal em 2021, as estimativas do mercado financeiro indicam grandes chances do rompimento da meta se repetir neste e no próximo ano, em um cenário de inflação alta, persistente e disseminada por diversos produtos e serviços.

Conforme as projeções do Boletim Focus informadas no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de junho, as medianas estão em torno de 8,5% para 2022 (muito acima do teto de 5,0%) e de 4,7% para 2023. O BC, por sua vez, projeta 8,8% e 4,0%, respectivamente.

Fonte: Revista PEGN