O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento de uma pessoa. Embora ele possa ser diagnosticado em qualquer idade, geralmente é identificado na infância, por volta dos dois ou três anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que uma em cada 160 crianças em todo o mundo tenha o transtorno.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas, geralmente, incluem dificuldade em fazer contato visual, problemas de linguagem e comunicação, comportamento repetitivo e interesses restritos. É importante ressaltar que o autismo é uma condição altamente individualizada, o que significa que cada pessoa que o tem pode apresentar uma combinação única de sintomas e habilidades.

Por exemplo, tem aqueles que têm uma rotina extremamente rígida e, quando mudam essas rotinas, a pessoa entra em sofrimento, o que afeta na comunicação e interação social. Além disso, alguns indivíduos com autismo têm habilidades incríveis em áreas como matemática, música ou arte, enquanto outros podem precisar de suporte em tarefas cotidianas. Infelizmente, o estigma e a desinformação em torno do transtorno ainda são muito comuns. Muitas vezes, as pessoas com a condição são mal compreendidas e estereotipadas como isoladas e incapazes de se comunicar ou de interagir com os outros.

Hoje, nós trabalhamos o autismo como um conceito de deficiência e precisamos entender mais o transtorno para facilitar a adequação para todos os processos de inclusão e todos os processos legais que uma pessoa com deficiência tem direito. Então, para que as pessoas tenham seus direitos assegurados é preciso que toda a comunidade tenha um entendimento e tenha a curiosidade de ir atrás de ter as informações necessárias para conviver em harmonia com as pessoas que possuem uma necessidade de atenção maior.

Costumo dizer que o primeiro passo é o diagnóstico e, a partir dele, vou trabalhar metas terapêuticas únicas, em cima de sintomas, mas, principalmente, trabalhar questões de estímulo, de integração e como essa pessoa sente o mundo. Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, muitas pessoas com autismo podem aprender a se comunicar melhor, desenvolver habilidades sociais e comportamentais e levar uma vida plena e produtiva.

Reafirmo que é importante a sociedade continuar se educando e se informando sobre o autismo e se esforce para criar um ambiente inclusivo e acolhedor para as pessoas com o transtorno. Com a conscientização e o apoio adequados, podemos ajudar as pessoas com a condição a alcançar todo o seu potencial e a se tornarem membros valiosos e produtivos de nossa sociedade.

 

Fonte: Pedro Leopoldo de Araújo Ortiz