Howard Hughes, que inspirou o filme “O Aviador”, foi um dos primeiros frequentadores do paraíso, o preferido de celebridades da moda. A apresentadora do check-in, Camilla Guebur, lista cinco destaques da ilha
St. Barths é conhecida pelo clima fashionista, festivo e por ser o destino preferido de estrelas desde os anos 50. O magnata Howard Hughes, que inspirou o filme “O Aviador”, foi um dos primeiros frequentadores do paraíso. Quem o levou para lá foi Rémy De Haenen, piloto holandês que se aventurava pelo mundo e, em uma dessas ocasiões, posou na ilha que tem Gustavia como capital.
Remy batiza o aeroporto local e também inaugurou a alta hotelaria no pedaço, hospedando famílias americanas como Rockefeller e Rothschild. Onassis estava quase sempre na área também. A boa fama da ilha correu no boca a boca, chegou aos famosos, às estrelas do cinema americano. A ilha era como um pedaço da França no Caribe para eles e bem mais próxima dos EUA em voos fretados.
Menos é mais: a ilha é de estilo aparentemente simples, mas muito sofisticado, a exemplo dos chalés do Le Guanahani
Nos anos 80 foi a vez dos hotéis icônicos desembarcarem por lá, um exemplo é o Rosewood Le Guanahani, de 1986, totalmente renovado em 2021. Nos anos 90 a nova turma da moda chegou a St. Barth por influência do lendário fotógrafo Patrick Demarchelier, que fez da ilha o seu retiro de férias, o cenário de editoriais de moda emblemáticos e de capas de revistas como a Vogue.
As supermodels tomaram as areias, vieram os astros da música e os festeiros europeus. Os visitantes de sobrenome pomposos e contas recheadas seguiram por lá, as estrelas do cinema idem. E assim a “turma de St. Barths” se fez.
Fashionista: a apresentadora do Check-In, Camilla Guebur, em uma das praias do Le Guanahani em St. Barth
Boutiques de hotéis estrelados, como o Rosewood Le Guanahani, foram aperfeiçoando a curadoria de marcas e produtos — e St. Barths ganhou sua própria identidade de moda, além de praias paradisíacas, super hotéis e restaurantes. Diz uma lenda que todo mundo fica com o astral jovem ao pisar na ilha. Eu confirmo e conto mais abaixo ao listar cinco destaques da de St. Barth. Assista também ao vídeo para conferir o episódio completo do Check-in.
St. Barth : Camilla Guebur em uma das construções caribenhas com toques franceses da ilha que é sucesso por mais de 70 anos
1. Charme único
Por suas ruas estreitas e charmosas e por suas estradas com lindas vistas circulam carros conversíveis ocupados por pessoas de astral leve. Cabelo ao vento é um movimento da ilha, que durante o dia é das praias e beach clubes, e que à noite ganha um charme muito especial, além de deliciosos sabores e um clima festivo. Muito desses predicados têm a ver com o mix de visitantes, entre célebres e anônimos, todos, de todas as idades, estão ali em busca do melhor da vida e dispostos a pagar o que for necessário para tanto.
Le Guanahani: Camilla Guebur na piscina privativa de seu quarto no hotel que faz parte da história de St. Barth
2. Hotelaria imbatível
Dessa vez, me hospedei no Rosewood Le Guanahani à convite da X-MART. Original de 1986, ficou fechado por 4 anos e reabriu totalmente renovado em 2021 com o sobrenome Rosewood. É um dos símbolos do estilo de vida de St. Barths, tanto que, Guanahani é “bem-vindo” no idioma nativo, o Arawak.
Em uma península, com duas praias e uma lagoa beirada por recifes, a Grand Cul-de-Sac, o hotel é abrigado entre jardins e pequenos morros. Tem 66 acomodações, sendo 29 quartos, 27 suítes e 10 signature suítes. Todas as opções têm decoração a “la plage”, praiana, assinada pelo Luis Pois Design Lab, em um mix de referências francesas e caribenhas, sem exagero, ostentação ou traços super modernos.
Ideal: o quarto da apresentadora Camilla Guebur no Le Guanahani
O café da manhã pode ser saboreado por lá ou no quarto. Eu experimentei as duas opções, mas sou fã de um serviço de quarto e, por isso, preferi tomar no deck do meu quarto, com vista para o mar e uma piscina privativa na medida certa.
O meu quarto era a casa de praia ideal para um casal. Tinha o espaço exato, a decoração mais linda e cool, com o amarelo do sol iluminando objetos e móveis. Da cama, eu via o mar. E a cama era deliciosa, uma tentação. Acho que a vista para o mar é uma estratégia para incentivar o hóspede a levantar da cama e curtir a vida lá fora.
3. SPA
Tive uma primeira vez muito especial no Senses, o SPA do Rosewood Le Guanahani. Nunca tinha visto ou deitado em uma cama “de quartzo de cristais” com cromoterapia. E afirmo: é muito especial mesmo. Como é isso? Te explico. Imagine uma cama em que a parte em que deitamos é feita de duas camadas. A primeira camada é a que “se relaciona” com os pés da cama, tem as bordas com faixas de luzes de led e é totalmente coberta por mini grãos de quartzo de cristais, que fazem a segunda camada da cama. A gente deita em cima dos grãos de quartzo (que são fininhos, confortáveis, aquecidos, um sonho). O lugar ideal para receber massagens e terapias para maior bem-estar mental e emocional. Eu amei. E essa cama é só um dos destaques do Senses, que é completíssimo, oferece tratamentos estéticos e terapias relaxantes e ou revigorantes e ainda está com um cardápio de rituais que resgata os saberes dos povos ancestrais de St. Barths, os indígenas Arawak e Taíno. Demais!
4. Modas
Já disse e repito: todas as grandes marcas internacionais de moda têm seu lugar ao sol de St. Barths, seja em boutiques próprias, em multimarcas ou na seleção de lojas dos hotéis do pedaço. Além delas, há as marcas locais, que são autênticas, cheias de bossa e ganham suas fãs. E aí há a loja do hotel Rosewood Le Guanahani, pequenina, charmosa, com uma seleção “uau” de produtos de marcas que fazem a diferença no mundo todo.
Exemplo: do Brasil, a loja importa o beachwear de Adriana Degreas, que tem tudo a ver com o mood de St. Barths, além de ter corte, design e qualidade inquestionáveis. De Londres, a loja tem os looks da marca Mira Mikati, que é super fun, tem sua loja em Chelsea e foi lançada, veja só, em uma Art Basel. Da França, a loja escolheu os vestidos da marca La Prestic Ouiston, que tem o amor de ninguém menos que Ines De La Fressange, modelo parisiense icônica. Esses são só alguns exemplos e ainda existem as colaborações entre o hotel e marcas como a Zadig Voltaire. Aliás, ouvi dizer que logo mais outra marca brasileira desembarca por lá… estou bem curiosa para saber tudo. Já já te conto mais.
5. Gastronomia
Sabores especiais: a ilha caribenha é um epicentro da boa mesa mundial
Anualmente a ilha recebe um festival gastrônomico que reúne os melhores chefe do globo e o Le Guahanani faz parte dos festejos. O restaurante da casa, o Beach House, é camaleônico (tem 3 ambientes), charmoso e delicioso, com receitas com frutos do mar frescos e vinhos excelentes.
Mas o lugar do drink é o bar Mélánge, que além de carta inventiva e diversificada ainda tem vista para o pôr do sol. É demais. Outras boas pedidas da ilha são o Orega (@oregastbarth), que serve delícias resultantes da fusão entre as gastronomias japonesa e francesa, e a versão “bartolemense” do clássico de Saint Tropez, o restaurante La Petit Page (@lapetitplagestbarthelemy), que tem muito charme e uma deliciosa cozinha mediterrânea.
Virado para a praia está o restaurante Beach House, que tem 3 ambientes diferentes. Os espaços são abertos e fechados conforme a programação do dia, a decoração é apaixonante, na mesma linha de todo hotel, ou seja, simples, com cores vibrantes contrastando com o branco, matéria-primas naturais e muita bossa.