O médico urologista e uro-oncologista Alexandre Cavalcante revela sintomas que mostram que algo está errado com a hidratação corporal
Não é mais novidade que beber água corretamente é uma das premissas para manter a saúde em dia. Nesta época seca do ano, então, especialmente quem mora no Distrito Federal, sabe da necessidade que o corpo tem de permanecer hidratado, tanto por meio da ingestão de líquido, quanto de cuidados com a pele, lábios, olhos, nariz e cabelo.
Afinal, como saber se estou desidratado?
De acordo com o médico urologista e uro-oncologista Alexandre Cavalcante, a desidratação é o nome dado à condição clínica que configura uma perda de líquido corporal em volume maior que o líquido ingerido, causando prejuízo à saúde. “O corpo recebe e elimina água diariamente e, através de mecanismos compensatórios, tenta estabelecer o equilíbrio para o funcionamento do organismo”, explica.
As principais causas da desidratação, segundo o especialista, são vômitos, diarreias, transpiração excessiva e excreção urinária aumentada, seja por alguma doença ou uso de medicações. E o nosso corpo, muitas vezes, é capaz de dar sinais ou apresentar sintomas de que algo está errado com o padrão de hidratação.
Alexandre conta que os sinais mais frequentes são boca seca e o aumento da sensação de sede. “A sede e boca ressecada funcionam como mensagem ao nosso corpo informando que precisamos aumentar a ingestão de água. O centro regulador da sede fica localizado no hipotálamo, uma área do cérebro. Quando o organismo detecta alterações na concentração de sais no sangue (osmolaridade plasmática), ele envia mensagem ao hipotálamo, criando a sensação de sede”, informa o profissional.
Outros sintomas são dor de cabeça, fraqueza e cansaço. Mas o médico acrescenta alguns casos mais graves: “Sonolência, desorientação, queda da pressão, convulsões e, até mesmo, coma”.
O urologista destaca, ainda, que o rim tem papel importante no controle de líquido corporal. “Todo o sangue do corpo humano passa pelos rins, e esse órgão é responsável por fazer a regulação de líquidos e sais do sangue, a fim de manter o equilíbrio”, fala. “Quando estamos desidratados, os rins entendem que não devem eliminar muita água e, assim, a quantidade de urina produzida diminui”, continua.
No caso de crianças ou idosos, os sintomas podem ser, inclusive, silenciosos. Os principais sinais de alerta são fraqueza, sonolência, prostração, diminuição da quantidade de urina e urina concentrada ou choros sem lágrimas. “É importante ressaltar que, em crianças e idosos, a desidratação podem ser mais grave ou até fatal. Por isso, familiares, cuidadores e profissionais de saúde devem estar sempre atentos à qualquer sinal”, frisa.
Quantidade ideal de ingestão de água diária
Para o especialista, a quantidade de água necessária a ser ingerida diariamente varia de pessoa para pessoa. Por exemplo, uma pessoa alta e musculosa necessitará de um volume de líquido maior que uma pessoa baixa e magra, ou uma pessoa que se exercita muito precisará de mais água que uma pessoa sedentária.
Existem várias formas de se calcular a quantidade de água necessária por dia. “Estima-se que a quantidade ideal seja 30 a 40ml por quilo de peso corporal, ou, de forma prática, multiplica-se seu peso corporal por 35 e, assim, achará a quantidade de água em ml a ser consumida por dia”, ensina.
Fonte: Metrópoles