De acordo com pesquisas, o aleitamento materno diminui chances de problemas cardíacos nas mães e reforça a saúde do coração dos bebês

O mês de agosto é marcado pela campanha de incentivo ao aleitamento materno, mais conhecida como Agosto Dourado. A campanha reforça os benefícios que a amamentação traz, tanto para as mães quanto para os bebês. Entretanto, poucas pessoas sabem que o aleitamento também pode interferir positivamente na saúde e no bom funcionamento do coração da mãe. No Distrito Federal, de acordo com levantamento publicado pela ObservaDF, feito por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), foram cerca de 37,6 mil nascimentos no último ano, o que reforça a importância da propagação de informações nesse sentido.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, e publicada pela Obstetrics and Gynaecology, apontou que as mulheres que amamentaram por mais de um ano tiveram 10% menos risco de sofrer de doenças cardiovasculares ou de um AVC, se comparadas com aquelas que nunca amamentaram.

Segundo o médico cardiologista e intervencionista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Ernesto Osterne, isso acontece porque a amamentação faz com que o organismo maneje melhor a gordura corporal. “Durante o período de aleitamento, as mulheres diminuem consideravelmente seus depósitos de gordura, o que contribui diretamente para o fortalecimento cardiovascular. Também é por isso, inclusive, que amamentar emagrece”, explica.

Para os bebês, então, os benefícios são inúmeros. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o leite materno, que é rico em nutrientes e sais minerais, é recomendado pelo menos até o sexto mês de vida do recém-nascido, sendo essencial na formação no sistema imunológico.

Por esta razão, mesmo que indiretamente, a amamentação acaba sendo um aliado também para a saúde do coração do bebê, a curto e longo prazo. “Um sistema imunológico reforçado previne diabetes, obesidade, infecções etc. Ou seja, é menor a chance de ter problemas cardiovasculares futuros”, finaliza o cardiologista.

 

Fonte: Divulgação