Embora o risco seja baixo, os autores do estudo afirmam que elas devem ser informadas sobre o risco de AVC após tratamento de infertilidade
Os pesquisadores avaliaram os dados de saúde de 31 milhões de pacientes que deram à luz em hospitais dos Estados Unidos entre 2010 e 2018. Aproximadamente 288 mil delas haviam passado por tratamentos de infertilidade anteriormente.
Os autores do estudo consideram como tratamentos relevantes a inseminação intra-uterina, uso de tecnologia para reprodução assistida e procedimentos de preservação da fertilidade, por exemplo.
Tratamento de infertilidade e AVC
Eles notaram que a probabilidade de a mulher sofrer o AVC aumenta logo no primeiro mês após o parto. O risco continua a crescer nos meses seguintes.
O risco de AVC hemorrágico foi duas vezes maior entre aquelas que haviam passado por tratamento para engravidar em comparação com as demais. O risco de uma puérpera sofrer AVC isquêmico (quando há obstrução de uma artéria impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais) foi 55% maior.
Estudos anteriores mostram que, embora seguros, os tratamentos para infertilidade podem aumentar o risco de pré-eclâmpsia, parto prematuro e anomalias placentárias, por exemplo.
O risco, de acordo com o principal autor do estudo, Cande V. Ananth, pode estar relacionado a complicações vasculares após o tratamento; à grande quantidade de hormônio estrogênio usado no procedimento, que pode aumentar a coagulação sanguínea; e a problemas anteriores que as impediam de engravidar.
Fonte: Metrópoles