As áreas de cibersegurança, análise de dados, desenvolvimento de software e aplicativos, computação em nuvem e inteligência artificial são as que mais precisam de mão de obra qualificada

Uma pesquisa realizada pela Brasscom aponta que o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) deve contratar 797 mil pessoas no Brasil, entre 2021 e 2025, sendo que até o final de 2022, já foram 261 mil admissões. Já no ano passado as exportações de serviços de tecnologia e softwares alcançaram R$ 24 bilhões, representando um aumento de 36,4% em relação ao ano anterior.

“O Brasil tem se tornado um país exportador de talentos em TI. Temos uma grande população jovem e tecnicamente alfabetizada que é atraída pelo setor. Além disso, o país tem investido em educação e treinamento em TI, resultando em uma força de trabalho altamente qualificada. Muitas empresas internacionais estão aproveitando o fuso horário favorável do Brasil e a proximidade cultural com os EUA e a Europa para terceirizar suas operações”, explica Marco Tulio, presidente do Sindicato das Empresas de Serviço de Informática do Distrito Federal (Sindesei/DF).

De acordo com Marco Tulio, o grande diferencial dos profissionais brasileiros é a combinação de habilidades técnicas sólidas com uma mentalidade criativa e inovadora. Eles são conhecidos pela capacidade de resolver problemas complexos e pela disposição para adotar novas tecnologias e métodos de trabalho. “Ao contratar um profissional de TI, é importante considerar não apenas as habilidades técnicas, mas também as habilidades interpessoais, como a capacidade de trabalhar em equipe, comunicar-se efetivamente e adaptar-se a novas situações”, explica o presidente.

As áreas que mais crescem dentro da tecnologia e que mais têm demandado profissionais qualificados incluem cibersegurança, análise de dados, desenvolvimento de software e aplicativos, computação em nuvem e inteligência artificial. “Essas áreas estão na vanguarda da transformação digital e requerem uma gama de habilidades técnicas e analíticas”, explica Marco Tulio.

De acordo com o especialista, além dos desafios internos, as empresas brasileiras de TIC enfrentam uma concorrência acirrada de empresas estrangeiras na hora de contratar talentos locais. Segundo ele, com a ascensão do trabalho remoto, muitas empresas internacionais estão dispostas a contratar profissionais de qualquer lugar do mundo e o pagamento em dólar torna-se um atrativo significativo para os profissionais brasileiros, já que a conversão para o real pode representar uma remuneração substancialmente maior.

“Algumas startups brasileiras têm a capacidade de atrair talentos pela promessa de um ambiente de trabalho mais flexível e dinâmico, além do crescimento acelerado. No entanto, elas também enfrentam o desafio de reter esses talentos frente às ofertas financeiramente mais vantajosas de empresas estrangeiras. Para competir, muitas startups estão buscando criar culturas corporativas mais fortes, oferecendo benefícios diferenciados e oportunidades de participação acionária para seus funcionários”, conclui o especialista.

Fonte: Divulgação