Integrantes do governo veem revés no diálogo com a corte, que tem julgamentos que podem afetar contas públicas.
O apoio declarado do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), à proposta que ataca poderes de ministros do Supremo Tribunal Federal desencadeou uma onda de críticas dentro da Esplanada dos Ministérios ao que foi classificado como, no mínimo, uma “operação imprudente”.
A avaliação de integrantes do PT e da base governista é a de que Wagner não só cometeu um erro ao ter votado a favor da ofensiva contra o Supremo, como também ajudou a virar votos de indecisos que estavam na mira do Planalto para conter o revés à Corte.
Dentro do STF, o clima é de irritação. Ministros afirmam que o diálogo com o governo estará comprometido enquanto Jaques estiver na liderança no Senado.
A avaliação de aliados do senador é a de que ele teria tentado fazer um gesto a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, apoiando a ofensiva, de olho na agenda econômica que está em tramitação na Casa.
Mas o tiro pode ter saído pela culatra. Um aliado de Lula lembra que, só um caso que está em pauta no STF poderia representar uma poupança de cerca de R$ 1 trilhão. “Haddad está desolado. A segunda perna da agenda econômica está no Judiciário”.
Fonte: Globo.com