Crianças e adolescentes constituem o grupo com maior complicações da dengue, por isso serão os primeiros a serem vacinados pelo SUS

O Brasil enfrenta um surto de dengue e o número de casos da doença praticamente triplicou em relação ao mesmo período no ano passado, com 291% mais infecções nas seis primeiras semanas de 2024.

Na intenção de frear os casos de infecção, o Ministério da Saúde iniciou uma campanha de vacinação com a Qdenga com o foco nas pessoas entre 10 e 14 anos. A escolha desta faixa etária se deu pelo número de hospitalizações e complicações entre crianças e adolescentes.

O médico Gabriel Farias, gerente da UTI Pediátrica do Hospital Icaraí e Hospital & Clínica São Gonçalo, alerta que crianças apresentam sintomas semelhantes aos adultos infectados. “Dentre os principais sinais de dengue podemos observar febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e até presença de manchas vermelhas na pele”, destaca.

O médico alerta que a prevenção se dá através de medidas básicas, como não manter água parada em recipientes e fazer o uso de repelentes recomendados. Além disso, a vacinação contra dengue surge como mais uma aliada no combate à doença.

“O perigo é a doença evoluir para as formas graves com necessidade de internação em UTI, por presença de disfunções da pressão arterial e hemorragias”, diz Gabriel.

O tratamento, por outro lado, envolve repouso, hidratação oral, hidratação venosa e, dependendo do caso, medidas intensivas de suporte em ambiente hospitalar. “É importante buscar auxílio médico, pois a doença pode evoluir de forma rápida, com risco à vida”, destaca.

O profissional lembra ainda que, mesmo com o início da campanha de vacinação, as medidas básicas de precaução contra a dengue ainda são essenciais.

Fonte: Metrópoles