SUV compacto reestilizado traz muitas semelhanças com o irmão do Velho Continente, mas alguns itens esperados não vieram
O Volkswagen T-Cross 2025 chegou reestilizado e mantendo preços e versões da linha 2024: 200 TSI (R$ 142.990), Comfortline (R$ 160.990) e Highline (R$ 175.990). No visual, o SUV nacional se parece bastante com o modelo vendido da Europa, mas consegue ser melhor em algumas coisas e pior em outras.
Autoesporte seleciona três itens que poderiam ter vindo do irmão europeu para o T-Cross brasileiro e outros três nos quais o SUV nacional leva vantagem em relação ao gêmeo do Velho Continente.
No que o T-Cross europeu é melhor
1) Faróis IQ Light
Muito se especulou que o T-Cross produzido em São José dos Pinhais (PR) fosse trazer o IQ. Light, nem que fosse apenas na versão Highline. Esses faróis têm ajustes de faixa automática e luzes de curvas dinâmicas, que se moldam conforme a estrada, tornando a direção noturna mais segura. Ao todo, são 900 lúmens de LED e alcance de até 500 metros de distância.
Na Europa, o equipamento é oferecido desde as versões intermediárias. O novo T-Cross traz o sistema VW LED por espelhos, dispostos em um conjunto biparábola que “simula” projetores e ilumina a até 250 metros de distância. No Brasil, o IQ Light chegou no lançamento do Taos, em maio de 2021, e também está presente no Polo GTS.
2) Faróis de neblina
Ainda no sistema de iluminação, uma das principais repercussões por aqui foi a ausência dos faróis de neblina, que são oferecidos já nas versões intermediárias na Europa. Lembrando que no T-Cross 2024, o item estava presente no Brasil já na versão Comfortline.
3) Motor mais moderno
No Brasil, o T-Cross 2025 segue oferecendo duas opções de motor turbo flex: 1.0 TSI, de até 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque; 1.4 TSI, sempre com 150 cv e 25,5 kgfm. O câmbio é automático de seis marchas em todos os casos e não há nenhuma versão manual — este aposentado no modelo em setembro de 2021.
Na Europa, o T-Cross tem a opção do 1.5 TSI Evo2, com os mesmos 150 cv, que é uma (segunda) evolução deste atual 1.4 TSI. O câmbio DSG é automatizado de dupla embreagem com sete marchas e caixa banhada a óleo.
No Brasil, o motor 1.5 TSI Evo2 deve ser oferecido futuramente em versões micro-híbridas (MHEV) de 48V para otimizar o consumo de combustível, híbridas plenas (HEV) ou híbridas plug-in, podendo variar entre 150 e 272 cv. O 1.4 TSI pode não se adequar às regras de emissão do Proconve L8, que entram em vigor em 2025.
No que o T-Cross brasileiro é melhor
1) Mais espaço
Se tem uma coisa que você não pode reclamar do T-Cross brasileiro em comparação com o europeu é o tamanho, mesmo ambos sendo feito sobre a mesma plataforma modular, a MQB A0. Por aqui, são 2,65 m de entre-eixos (o mesmo do Virtus) e comprimento de 4,21m — o SUV ainda cresceu 13 mm na dianteira e 6 mm na traseira por causa dos novos para-choques após a reestilização. Na Europa, o T-Cross tem 4,12 m de comprimento (-9 cm) e entre-eixos de 2,55 m (-10 cm).
2) Ângulos de entrada e saída
Além de ser maior, o T-Cross nacional tem mais altura em relação ao solo: 19 cm contra 18,5 cm. E, para aumentar sua capacidade de enfrentar rampas sem raspar o carro, as capacidades do modelo brasileiro são bem superiores. O ângulo de ataque é de 20,6°, enquanto o de saída é 31,5° — um grau a mais do que o T-Cross anterior. Já o modelo europeu é bem inferior: são 17° e 20,3°, respectivamente.
3) Saída traseiras de ar-condicionado e teto solar
O T-Cross 2025 traz saídas de ar-condicionado e duas entradas USB-C para os ocupantes do banco traseiro nas três versões. Na Europa, há somente os duplos conectores e nem a versão R-Line (topo de linha) oferece saídas de ar para quem vai atrás.
Ainda como item de conforto, mesmo que como opcional, o T-Cross nacional oferece teto solar na versão Highline — algo que não acontece na Europa. Por aqui, é preciso desembolsar mais R$ 7.360 para incluir o teto solar panorâmico, que faz parte do pacote Pacote Sky View.
Fonte: Auto Esporte