Pessoas próximas ao presidente entendem que cenário em 2025 pode ser ainda mais difícil que o atual, com as mudanças no Congresso
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido alertado sobre a necessidade de reforçar a base aliada para 2025.
A avaliação de aliados do petista é de que o cenário do ano que vem pode ser ainda mais difícil do que o deste ano, quando os partidos de oposição impuseram dificuldades ao governo petista.
Isso porque haverá mudanças significativas na cúpula da Câmara e do Senado, com um eventual aumento do número de parlamentares conservadores em postos estratégicos.
Hoje, os dois nomes considerados favoritos para presidir as Casas Legislativas são o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA).
Apesar de o União Brasil ter o controle sobre duas pastas na Esplanada dos Ministérios, é um dos partidos menos fiéis ao Palácio do Planalto no Congresso Nacional.
Além disso, pelo apoio do PL de Jair Bolsonaro, tanto Davi como Elmar terão de ceder espaços para o partido de direita em posições de comando, o que pode emperrar pautas governistas.
Uma saída que tem sido defendida tanto por ministros como por parlamentares é o retorno de congressistas que hoje são ministros.
A avaliação é de que eles têm um poder de mobilização maior do que seus suplentes e uma fidelidade maior ao Palácio do Planalto em pautas estratégicas.
Hoje, há quatro senadores e onze deputados no primeiro escalão do governo federal. Eles são filiados a partidos como PT, MDB, PSD, Republicanos, PP e União Brasil.
Em conversas reservadas, o próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), costuma exaltar a experiência e a importância dos senadores titulares na Casa Legislativa.
A avaliação é compartilhada por parlamentares governistas na Casa Legislativa. Eles consideram que os titulares têm mais força política, na negociação diária, do que seus suplentes.
Fonte: CNN Brasil