Segundo pesquisa científica, a posição do braço durante a aferição de pressão é importante para se chegar ao diagnóstico correto

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriram que a posição do braço durante a aferição de pressão é importante para se chegar ao resultado correto.

A pesquisa foi publicada na segunda-feira (7/10) no Journal of the American Medical Association (JAMA), uma das revistas científicas mais prestigiosas do mundo.

Para o estudo, foram recrutados 133 adultos, com idades entre 18 e 80 anos. A pressão arterial deles foi medida durante uma única consulta a cada 30 segundos. Os pesquisadores usaram um dispositivo digital para fazer a medição.

As leituras foram feitas com os braços dos voluntários em três posições: apoiados na mesa – posição padrão indicada nos guias médicos -, apoiados no próprio colo e pendurados ao lado do paciente.

De acordo com os pesquisadores, colocar o braço no colo superestima a pressão sistólica — o número superior representa a pressão quando o coração bombeia o sangue para fora — em 3,9 mmHg. Também aumenta a pressão arterial diastólica — o número inferior que mede a pressão enquanto o coração descansa — em 4 mmHg.

A posição em que o braço fica sem apoio pendurado ao lado do corpo superestima a pressão sistólica em 6,5 mmHg e a diastólica em 4,4 mmHg.

Erros na prática clínica

A pressão arterial é considerada normal quando está entre 90/60 mmHg (famoso 9 por 6) e 120/80 mmHg (12 por 8) e é considerada alta a partir de 140/90 mmHg (14 por 9).

Os autores recomendam que as pessoas descansem por cinco minutos antes de fazer a leitura inicial e realizem uma segunda leitura vários minutos depois para verificar se a aferição foi precisa.

A autora principal do estudo, Tammy Brady, disse que as diferentes posições dos braços são frequentemente verificadas na prática clínica, possivelmente, porque os médicos não estejam cientes sobre essa diferença.

“Esse grau de erro na aferição de pressão pode levar a um número substancial de pessoas sendo diagnosticadas com hipertensão”, afirmou Tammy Brady.

 

Fonte: Metrópoles