Estudo da Universidade de Milão mostrou que a demanda por oxigênio e energia aumenta quando há interrupções durante a caminhada

Pesquisadores da Universidade de Milão, na Itália, afirmam que fazer pequenas pausas durante a caminhada aumenta a queima calórica em comparação a ir do início ao fim em um ritmo ininterrupto.

Publicada na plataforma Proceedings of the Royal Society B nesta quarta-feira (16/10), a pesquisa mediu as demandas por oxigênio e energia de voluntários que caminharam em uma esteira e em um aparelho de stepper, que imita uma caminhada em terreno inclinado.

Os dez voluntários ​​foram monitorados enquanto se exercitavam e intervalos que variaram entre 10 segundos a quatro minutos foram incluídos em seus planos de exercício. Os pesquisadores registraram o nível de oxigênio consumido por cada participante e as demandas metabólicas durante o esforço físico.

Segundo os testes realizados, fazer intervalos de 10 a 30 segundos entre os exercícios, exigia 60% mais oxigênio do que cobrir a mesma distância sem pausa alguma.

O pesquisador Francesco Luciano, um dos responsáveis pelo estudo, explicou: “Quando caminhamos por períodos mais curtos, usamos mais energia e consumimos mais oxigênio para cobrir a mesma distância. É como ter um carro que consome mais combustível durante os primeiros quilômetros e diminui depois”, afirmou em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

De acordo com o pesquisador, o corpo necessita de mais energia para se aquecer no início de cada caminhada e menos quando já está em movimento. Esse seria o motivo pelo qual as pausas aumentam o gasto calórico.

“Quando começamos a andar, podemos incorrer em custos fixos no início do percurso. Em analogia, dirigir um carro precisa de algum combustível para ligar o motor ou tirar o carro da garagem. Descobrimos que, ao começar do repouso, uma quantidade significativa de oxigênio é consumida para começar a andar. Incorremos nesse custo independentemente de andarmos por 10 ou 30 segundos, então ele pesa proporcionalmente mais para percursos mais curtos do que para os mais longos”, acrescentou.

 

Fonte: Metrópoles