Engenheiro aprova uso do sistema em automóveis de menor porte; confira suas virtudes

A estreia dos Fiat Pulse e Fastback Hybrid tem tudo para fazer os carros híbridos leves ficarem conhecidos no Brasil. A marca garante que a maior virtude dos novos modelos está no menor consumo de combustível, cujo ganho beira os 12% com gasolina no caso do Fastback.

Erwin Franieck, presidente do Instituto SAE4Mobility, afirma que um carro híbrido leve oferece um “ganho claro” de economia de combustível em relação a um modelo similar sem a tecnologia. “Há uma vantagem muito significativa, principalmente para carros com motores menores e que rodam na cidade, onde acelerações e frenagens são muito mais constantes”, diz.

O engenheiro explica que o sistema possui um gerador bastante eficiente que converte a energia desperdiçada nas frenagens e a armazena na bateria de forma muito mais rápida do que em um veículo híbrido pleno.

“Hoje essa tecnologia virou padrão nos carros vendidos na Europa, que já não saem mais de fábrica com o alternador”, complementa. Abaixo, o especialista exemplificou como o sistema funciona.

Motor elétrico em vez do alternador

O sistema híbrido leve (também chamado de “Mild Hybrid”, MHEV ou micro-híbrido) inclui um pequeno gerador elétrico — no caso da Fiat, de 12 volts — que substitui o alternador e o motor de partida. No entanto, ele não traciona as rodas como em um carro híbrido pleno.

Além da bateria de chumbo-ácido presente em qualquer veículo (aqui com maior capacidade), ele tem uma segunda bateria, esta de íon-lítio, que é carregada pelo gerador elétrico. Cabe a um distribuidor decidir qual das baterias deve ser acionada de acordo com a demanda da central eletrônica.

Com isso, o sistema elétrico de 12 volts realiza tarefas pontuais normalmente executadas pelo motor a combustão, como dar a partida ou alimentar sistemas elétricos secundários do veículo.

Diferenças para um carro híbrido pleno

Vale ressaltar que a economia de combustível de um veículo híbrido leve não é expressiva como em um carro híbrido pleno, no qual o motor elétrico movimenta as rodas normalmente.

Dependendo da capacidade da bateria, isso ocorre tanto em velocidades baixas, como em uma saída de semáforo, quanto em condições normais de rodagem. Aí existe apenas a limitação da autonomia proporcionada pela capacidade de bateria.

O motor elétrico também pode atuar em conjunto com o motor a combustão em determinadas situações, como em acelerações e ultrapassagens. Além de respostas mais ágeis, a atuação conjunta reduz o consumo de combustível.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Auto Esporte