Principais destinos nacionais são Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo; já entre as viagens internacional, os Estados Unidos aparecem em primeiro lugar
Os gastos do Ministério da Defesa com diárias pagas a servidores vinculados à pasta aumentaram em R$ 100 milhões nos últimos quatro anos. Em 2021 foram pagos R$ 88,9 milhões; no ano seguinte R$ 111 milhões; em 2023, primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram R$ 153,6 milhões; e no ano passado essa conta chegou a R$ 187 milhões.
A maior parte desses recursos foi para militares da Marinha, Exército e Aeronáutica em missões e treinamentos pelo Brasil e pelo mundo. Os principais destinos nacionais são Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
Já entre as viagens internacionais, os Estados Unidos aparecem em primeiro lugar. Em 2021 foram pagos R$ 3,2 milhões em diárias para servidores enviados ao país americano. Em 2024 esse valor foi de R$ 8,3 milhões.
Os dados são do Painel de Viagens do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e excluem os gastos com passagens. Ao todo foram 498,3 mil diárias somente no ano passado. O valor médio pago em diárias por cada viagem foi de R$ 1255,55.
Entre as Forças Armadas, o Comando da Aeronáutica (R$ 110,6 milhões) foi o que mais demandou diárias em 2024, seguido pelo Exército (R$ 61,8 milhões), o Estado-Maior Conjunto (R$ 5,5 milhões) e numa proporção bem menor a Marinha (R$ 3,2 milhões).
Uma das explicações para o aumento das diárias pagas a militares do Exército com destino aos Estados Unidos está no fato de que, desde julho de 2023, o Brasil aumentou as atividades conjuntas anuais entre os dois países, incluindo treinamentos, operações cibernéticas, de engenharia e de comunicação social. Foram mais de 100 ações desde então. Oficialmente, o Exército não se posicionou.
Quanto a Aeronáutica, em 2024 foram realizados voos de repatriação de brasileiros que estavam em Israel e na Faixa de Gaza. Também foram feitas inúmeras viagens de apoio ao Rio Grande do Sul – afetado pelas enchentes. A CNN procurou a Aeronáutica, mas não obteve retorno.
O Ministério da Defesa e a Marinha, até o momento, também não comentaram o assunto.
Fonte: CNN Brasil