Pesquisa revela que mês do ano é o preferidos dos noivos brasileiros, deixando o tradicional maio na sexta posição. Questões financeiras e climáticas são as principais influências segundo especialistas

Vai casar e está pensando na data? O IBGE divulgou os meses de pico de casamentos no Brasil, conforme estatísticas do ano passado. Foram 1. 137.348 uniões registradas e a “alta temporada” das uniões é o mês de dezembro. Foi-se o tempo em que maio era o mês das noivas. Enquanto ele ocupa a 6º colocação com 8,15%, o último mês do ano lidera absoluto este ranking com 12,17% seguido por outubro com 9,83% e novembro com 9,56%.

E na prática, o mercado confirma esta predileção.  Segundo Ana Cláudia Miziara, responsável pelo espaço de eventos Villa Rizza o segundo semestre é tradicionalmente melhor para o setor. Isto porque é um período financeiramente mais favorável para os noivos. “No início do ano, as pessoas possuem compromissos como impostos e quitação de dívidas do ano anterior. Assim, acabam por se planejar para a segunda metade do ano, quando estão mais tranquilos e conseguem se organizar melhor”, explica a profissional que é responsável por badaladas festas na capital federal.

O mês de dezembro consegue se destacar em nível nacional por dois fatores: a entrada do 13º salário e também por causa do período de férias, o que facilita a lua de mel e a organização do novo lar. Na lanterna, fevereiro: “mês de carnaval, de viagens e de organização de um novo ciclo pessoal e profissional”, justifica e completa “meses de menor procura podem trazer melhores preços se a realização do sonho pedir uma economia maior”.

No DF

A especialista explica ainda que fatores regionais influenciam diretamente na escolha da data, principalmente o clima. “Temporadas de chuvas são menos procuradas do que épocas de estiagem. Em Brasília, por exemplo, dezembro divide o topo do ranking com outubro, período no quando tende a não chover ou chover pouco e a temperatura não é muito quente”, explica.

Os meses citados por Ana Cláudia correspondem a uma fatia de 10% das 19.899 uniões registadas em 2015. Uma fatia alta se pensarmos que corresponde a 17,49% dos enlaces registrados no DF. Aqui, outra peculiaridade apontada na pesquisa e explicada pela expert: julho é o terceiro mês escolhido. “Aqui é a terra do serviço público. E muitos servidores têm direito a recesso no meio ano. Assim, eles usam este tempo extra a seu favor, seja nos preparativos ou para desfrutar o pós-matrimônio”.

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