Com arquitetura moderna, o Palácio do Planalto é uma das primeiras obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer, inaugurado em 21 de abril de 1960. Sua presença é marcante na Praça dos Três Poderes pela pureza de suas linhas predominantemente horizontais, que geram um efeito requintado, e por abrigar o Gabinete Oficial da Presidência da República do Brasil.
A fachada do prédio encanta pela beleza das colunas longitudinais, que segundo o seu arquiteto idealizador “traduzem a leveza de uma pena pousando no chão”. É composta ainda por dois elementos marcantes: a rampa que dá acesso ao Salão Nobre, que foi inspirada na escadaria do Palácio do Catete e nos castelos medievais, e o parlatório, espaço idealizado para que os Chefes de Estado e autoridades convidadas dirijam-se ao público.
A sede do poder executivo federal é hoje um marco da democracia brasileira e um patrimônio da arquitetura moderna mundial. Diante do jardim, um longo espelho d’água confere beleza, ajuda manter a segurança e controla a umidade do ar.
Ao entrar no prédio, encontra-se um imenso Salão adornado pela escultura Espaço Circular em Cubo, de Franz Weissman, peças do artista Zezinho de Tracunhaém – um dos maiores expoentes da arte popular no Nordeste Brasileiro – e pela galeria dos presidentes, que retrata todos os chefes de estado desde a Proclamação da República em 1889.
O Salão Nobre, no segundo andar do Palácio, é o maior dos ambientes e abriga as mais importantes cerimônias, como posses de presidentes. Lá estão a escultura Evoluções, de Haroldo Barroso, e o óleo sobre tela Os Orixás, de Djanira da Motta e Silva. A Sala de Espera é composta por poltronas Vronka e mesa de centro Elle do designer Sérgio Rodrigues.
No Salão Oeste, grandes líderes de nações estrangeiras já se fizeram presentes, recepcionados por um grande painel de Roberto Burle Marx, de 1972. Atos e decretos que movimentam o País são assinados no ambiente intimista do Salão Leste. Ao lado, na Sala de Reunião Suprema, local de alto simbolismo, são tomadas as decisões mais importantes do País, em meio a reuniões ministeriais, governamentais e presidenciais.
Seguindo as curvas da rampa desenhada por Niemeyer está o mezanino do palácio, um espaço nobre com ampla área de circulação onde os visitantes são acolhidos. Este salão é decorado com três salas de espera, compostas por dois conjuntos de estofados intitulados Beto, desenhados por Sergio Rodrigues, e poltronas Easy Chair e Marquesa, de Oscar Niemeyer.
Em suas paredes, os destaques são o óleo sobre tela As Mulatas, do artista Di Cavalcanti, o quadro Palácio do Planalto, de Firmino Saldanha, Galhos e Sombras, de Frans Krajcberg, Obra sem título, de Geraldo de Barros, e Máquina, de Frank Schaeffer. A escultura em bronze O Flautista, de Bruno Giorgi, completa o repertório artsy.
No terceiro andar, um longo corredor é transformado na Galeria de Arte do Palácio. Estão expostas, em sua maioria, telas dos períodos Concretista e Neoconcretista, um dos movimentos artísticos mais férteis no Brasil.
Ao final do corredor, encontramos o lugar mais importante do Palácio: o Gabinete Presidencial. É nele que o Chefe de Estado executa suas atividades diariamente, entre trabalho, reuniões e despachos acompanhado de móveis das décadas de 40 e 60 – dentre ele conjunto de sofá Navona, de Sérgio Rodrigues, e prataria proveniente do Palácio do Catete, ambos testemunhas da história do País durante o mandato de grandes líderes. As pinturas em tela, com temas nacionais, são de autoria da artista Djanira da Motta e Silva – Colhendo Bananas e Praia do Nordeste.
O quarto andar passou por uma grande transformação para propiciar maior interação e circulação entre os ocupantes do Palácio, tudo isso com uma bela vista da Praça dos Três Poderes. Belas obras retratam cenas e personagens da história do país, como o busto de Tiradentes, mártir da Independência. A decoração é composta por mobiliário brasileiro modernista de 1960, tapeçaria de Norberto Nicola e Cena Indígena, de Giovanni Oppido. Duas paredes são ornamentadas por imensos painéis de azulejos do artista Athos Bulcão.
*O Palácio do Planalto recebe visitas aos domingos, das 9h30 às 14h. São distribuídas 200 senhas, por ordem de chegada, para grupos de 20 pessoas que visitam o Palácio, a cada 30 minutos, acompanhados por um profissional de Relações Públicas. Para informações, entrar em contato com a Coordenação Geral de Relações Públicas pelo telefone (61) 3411-2317 ou pelo email corep@presidencia.gov.br.