A musculação funcional ou treinamento funcional se baseia nos movimentos naturais dos seres humanos como pular, correr, puxar, agachar, girar e empurrar. Um dos pilares dessa modalidade é o fortalecimento do “core”, o centro de força do corpo, que inclui os músculos do abdômen, dos quadris, e região lombar. Segundo a orientadora física Valéria Leonhardt, o praticante ganha força, equilíbrio, flexibilidade, condicionamento, resistência e agilidade, além de melhorar a estabilização e saúde da coluna vertebral. Além disso, qualquer um pode praticar a modalidade até mesmo em casa. “O ideal é ter um acompanhamento profissional, mas dá para praticar sozinho, com mesas e cadeiras, por exemplo”, explica. O ideal são 30 minutos diários.
Pessoas que ao longo da vida praticaram outras modalidades esportivas terão mais facilidade, pois já adquiriram boa habilidade motora com a prática de exercícios, mas aqueles que nunca o fizeram também serão beneficiados. Valéria explica há melhoras nas habilidades trabalhadas nessa modalidade na mesma proporção em indivíduos que já eram treinados em relação aos iniciantes. Não existe contra indicação para a modalidade, pois os exercícios são adaptados facilmente às restrições e ao histórico do praticante.
A modalidade chega, em treinos intensos, a gerar um gasto energético médio de 800 calorias em uma hora de treino. Isso contribui para um aumento do gasto energético diário, o que evita o reganho de peso em indivíduos que reduziram significativamente o percentual de gordura, como os pacientes do Centro terapêutico Máximo Ravenna Brasília. “Adaptamos o treinamento funcional às etapas do tratamento. Na primeira fase, onde a restrição calórica é maior, priorizamos os estímulos para ganho de força, equilíbrio, flexibilidade e estabilidade da coluna vertebral. A grande preocupação nessa fase é manter a massa magra do paciente enquanto ele reduz o % de gordura, pois assim aceleramos seu metabolismo ou taxa metabólica basal”, explica a orientadora.
Na segunda fase, onde ocorre um incremento gradual da ingestão calórica, aumenta-se a intensidade dos treinos acrescentando os estímulos para ganho da capacidade cardiorrespiratória e agilidade. Na terceira fase, onde o paciente já se encontra com uma dieta de manutenção de peso com energia suficiente para treinos intensos, o foco é trabalhar todas as capacidades físicas e utilizar o exercício como grande instrumento de manutenção de peso, além de ser uma ferramenta contínua de reconhecimento de um novo corpo. Corpo magro que permite grande mobilidade, nova percepção de equilíbrio, nova relação com sua imagem sendo crucial para construção de nova auto-estima.
Valéria salienta que, para manter o peso, sempre se deve manter uma dieta que gere um balanço energético equilibrado, ou seja, ingerir em calorias o que foi gasto no dia. Indivíduos que não mantém uma rotina alimentar saudável e um balanço energético diário equilibrado estão fadados ao reganho ou até mesmo ao ganho de peso. A obesidade gera uma séries de lesões musculoesqueléticas provocadas pela sobrecarga sobre as articulações. As lesões mais comuns são: rotura de meniscos e ligamentos do joelho, hérnias e protusões discais na coluna e fascite plantar. O treinamento funcional melhora a qualidade de vida de seus praticantes com apenas três sessões semanais de 30 a 40 minutos.
O treino funcional tenta criar atividades que tenham semelhança com os movimentos cotidianos, como abaixar, levantar, subir e descer escadas, indo da execução de tarefas simples até de alta performance esportiva.
Créditos: Divulgação