Joanesburgo, a maior cidade do país, no século XIX, chamada de capital de ouro do mundo, até os dias atuais é conhecida na África do Sul como a Cidade do Ouro. A cidade é o pilar financeiro do país e está localizada na Província de Gauteng. Também é conhecida pela mistura de culturas e pela abundância de áreas verdes, Joanesburgo, possui 2.328 parques em seu território.

Quem desembarcar na cidade deve aproveitar a sua grande vida cultural, apesar de ela ser mais procurada para voos de conexão do que para o turismo. Exemplos notáveis são o moderno Wits Art Museum, de arte africana, a Galeria de Arte de Joanesburgo, que completou 100 anos em 2015 e concluiu uma reforma de US$ 3 milhões, o Constitution Hill, prisão onde ficaram Nelson Mandela e Mahatma Gandhi, o SAB World of Beer, que conta a história da cerveja, e o Museu do Apartheid. Neste último, o viajante sente na pele os tempos de segregação racial, uma vez que recebe logo na entrada um cartão de identificação de “white” e “non-white”.

Saiba que Joanesburgo também carrega o título de cidade teatral. E o entretenimento é garantido no Market Theatre, palco de artistas locais e dos principais protestos, e no Johannesburg Civic Theatre, um dos maiores e mais modernos do país, com grandes musicais e óperas.

Arredores

Para uma experiência ainda mais sensibilizadora, vá à cidade de Soweto, que nasceu como um bairro 15 km distante para onde foram trasladados 60 mil trabalhadores das minas de ouro nos anos 1960. Após anos de segregação, o antigo gueto se levantou contra a polícia e marcou um dos principais movimentos anti-apartheid no país, numa luta que culminou com a derrubada do sistema. Lá estão a casa-museu onde morou Mandela, o Memorial Hector Pieterson (em homenagem a um dos quatro jovens negros mortos pela polícia durante protesto contra a segregação racial) e a Vilakazi Street, única rua do mundo que abrigou dois vencedores do Prêmio Nobel.

Para fazer uma imersão completa, a Vila Lesedi é uma verdadeira viagem cultural às origens africanas. Com três horas de passeio, o viajante conhece quatro tribos (Zulu, Xhosa, Pedi e Basotho) e aprende sobre a vida e organização social desses povos, além de apreciar show de música, danças tradicionais e comida típica.

Mas Joanesburgo não é só vida urbana: é possível entrar em contato com a natureza visitando o zoológico, o Jardim dos Pássaros e o Jardim Botânico. Um pouco mais de fôlego garantem experiências mais autênticas, visitando in loco alguns cenários naturais como o do Parque Nacional de Pilanesberg, duas horas ao norte do centro da cidade. A reserva, de 55 mil hectares, é vizinha ao complexo hoteleiro de Sun City e promove safáris para a observação dos almejados big five (o leão, o elefante, o búfalo, o leopardo e o rinoceronte).

Quando ir

De maio até outubro, as temperaturas são mais altas e as chuvas, frequentes. Entre junho e setembro, as temperaturas chegam aos 4°C e o tempo seco facilita avistar animais nos safaris.

Curiosidades

Joanesburgo já foi a Capital do Ouro do mundo, no século 19, atraindo milhares de exploradores da América do Norte, Reino Unido e Europa. Inclusive, existem alguns tours que te levam para conhecer minas de ouro históricas, já fora de atividade.

Principais atrações

Se tiver pelo menos um dia inteiro em Joanesburgo, existe uma série de passeios para você fazer pela cidade e arredores. Mesmo para quem está só de passagem, vale se programar para conhecer melhor a região!

Lion Park

A apenas uma hora de carro do centro de Joanesburgo, esta é a melhor opção para você conhecer animais selvagens da savana africana. Zebras, leopardos, hienas, girafas e, logicamente, leões são algumas das espécies a serem vistas por lá, em caminhadas ou passeios de carro. No centro do parque é possível participar de interação com animais pequenos e filhotes.

Endereço: R114, Honeydew

Safari em Pilanesberg

Se estiver com mais tempo, encare três horas de estrada até o Pilanesberg National Park, onde você experimenta um autêntico safari na África. Com sorte, você pode avistar os Big Five, os cinco mamíferos mais difíceis de serem caçados pelo homem: leão, elefante africano, leopardo, búfalo-africano e rinoceronte, além de outras espécies. Dica: chegue cedo, pois é mais difícil avistar animais nos horários mais quentes do dia. Se o passeio for feito durante a noite ou ao amanhecer, leve roupa de frio.

Museu do Apartheid

Mais do que um ponto turístico de parada obrigatória, o local propõe um mergulho na história da África do Sul, contando os tristes impactos que o racismo provocou na sociedade deste país. O visitante passa por uma “experiência real” do que é a segregação racial, conhecendo personalidades da história sul-africana que lutaram contra o apartheid.

Endereço: Esquina de Northern Parkway com Gold Reef Road | Ormonde

Casa de Nelson Mandela

A pequena residência onde morou o maior líder negro da África é outro ponto imperdível da sua passagem por Joanesburgo. Fotografias, objetos de uso pessoal, móveis, livros e prêmios compõem a exposição permanente na casa de Madiba, como era chamado o ex-presidente da África do Sul.

Endereço: Orlando West, 8.115 | Soweto

Berço da Humanidade

A apenas 45 minutos de carro de Joanesburgo, o parque Cradle of Humankind é nomeado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco e oferece atrações para todas as idades e gostos. Cavernas de grande importância arqueológica, exposições sobre a história da humanidade e cultura africana, passeios de balão, lagos subterrâneos, atividades de aventura e observação de animais são apenas algumas das opções.

Constitution Hill

Também considerado como parte importante da triste história racista da África do Sul, o local abriga a maior corte judiciária do país, a Corte Constitucional, e o Old Fort Prison, complexo de detenção ocupado em sua maioria por presos políticos, opositores do apartheid. A corte apresenta exposições permanentes e temporárias que contam essa história.

Endereço: Kotze Street, 1

Gastronomia

Por ser o principal centro financeiro e de negócios do país, Joanesburgo reúne o melhor da culinária nacional e internacional. Entre os restaurantes e fast food sul-africanos, os pratos prediletos são à base de frango. Em vez de um hambúrguer, a pedida é comer coxinha de galinha.

O braai é o tradicional churrasco local que inclui carnes de todos os tipos e (claro!) frango. Outra destacada iguaria sul-africana é o milho, por vezes preparado como polenta e acompanhado de verduras e carnes. A “papa”, semelhante ao pirão brasileiro, é uma receita famosa feita de farinha de milho e água. E leva de tudo: legumes, frango, arroz, macarrão.

Os temperos exóticos, de influências malaia e indiana, dão um sabor forte aos alimentos. Ao final da comilança é comum provar um digestivo licor de amarula.

Transporte

Como uma cidade que está crescendo e progredindo aos poucos, o transporte público ainda tem bastante a melhorar. Embora exista uma linha de trens excelente que leva do aeroporto ao centro, a Gautrain, ela não cobre todos os bairros. Faltam trens, ônibus, metrô e até os táxis são escassos nas ruas da capital econômica da África do Sul. Se prefere evitar o estresse, opte pelo carro alugado ou por táxis. Há dois tipos: os comuns, em carros, e as minivans que funcionam como táxis coletivos.

Moeda

Leve uma quantidade de moeda local em espécie. Lembre-se que, dependendo do seu roteiro, você pode passar por países que usam moedas diferentes. E deixe seu cartão de crédito apenas para emergências. Assim, você evita surpresas com o câmbio quando a fatura fechar.

Necessaire

É importante levar um kit com medicamentos básicos como analgésico, antigripal, remédio para enjôo, cólica, ressaca e má digestão. Não se esqueça de levar também seus remédios de uso contínuo na quantidade necessária para o período que você ficará no destino, já que pode ser difícil conseguir algumas medicações sem passar por um médico local.

Informações úteis

Horário comercial:

Segunda a sexta, das 09h00 às 17h00/18h00
Sábados, das 08h30/09h00 às 13h00 (localidades pequenas)
Sábados, das 09h00 às 17h00/18h00 (áreas urbanas)
Domingos, das 10h00 às 15h00/16h00 (áreas urbanas)

Bancos:

De segunda a sexta, das 08h30/09h00 às 15h30/16h00
Sábados, das 08h30/09h00 às 11h00/11h30/12h00

Escritórios:

De segunda a sexta, das 08h30/09h00 às 17h00

Repartições públicas:

De segunda a sexta, das 08h30 às 16h40

Correios:

De segunda a sexta, das 08h30 às 16h30
Sábados, das 09h00 às 12h00

Feriados oficiais:

Nos feriados oficiais, os supermercados e grandes shopping centers abrem aproximadamente das 10h00 às 15h00 ou 16h00. As empresas não abrem em feriados oficiais.

Créditos: Embarque na Viagem