O presidente Michel Temer disse em discurso a formandos do Instituto Rio Branco nesta quinta-feira que a política externa do Brasil é universalista, sem influências ideológicas, e aproveitou para alfinetar a ex-presidente Dilma Rousseff, que tem falado no exterior que foi vítima de um golpe.
“As pessoas lá fora imaginam que esse país é um ‘paiseco’ que vai fazendo as coisas sem amparo legal, constitucional”, disse Temer no Itamaraty. “Essa é a hora que os senhores terão a oportunidade de falar sobre o Brasil, um novo país de oportunidades, que nasce dessa reforma, do vigor das instituições.”
Ao falar do fortalecimento do Mercosul, o presidente fez menção à democracia e livre mercado, no que pode ser visto como uma referência à suspensão da Venezuela –sob grave crise política e econômica– do bloco formado também por Argentina, Uruguai e Paraguai. E defendeu uma maior aproximação com a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Peru) e acordos comerciais.
“É nesse espírito que na nossa região estamos revitalizando o Mercosul, resgatando a sua vocação original de democracia e livre mercado”, disse. “Estamos nos aproximando dos parceiros da Aliança do Pacífico. Não devemos ter divisões, devemos ter, isso sim, união entre vários países da América do Sul e da América Latina”, disse.
“É nesse espírito, ainda que estamos impulsionando negociações econômicas já existentes, como aquela entre o Mercosul e a União Europeia e inaugurando novas frentes mundo afora.”
O presidente usou o discurso também para voltar a defender as reformas propostas pelo governo, entre as quais está a previdenciária, que tem mobilizado todos os esforços do Executivo para garantir sua aprovação no Congresso.
Créditos: Reuters