Neste ano se comemorou 30 anos da criação do Dia Mundial sem Tabaco. Instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem como objetivo alertar a sociedade sobre as doenças e a alta taxa de mortalidade relacionada ao cigarro.
O tabagismo está entre as principais causas de mortes evitáveis no mundo. Um terço da população adulta é fumante. De acordo com dados da entidade, o tabaco mata aproximadamente seis milhões de pessoas por ano, onde 600 mil são fumantes passivos.
Das formas de consumo do tabaco, o cigarro é o mais utilizado. Existe também o charuto, cachimbo e o narguilé, esse último muito utilizado pelo público mais jovem.
Também conhecido como “Xixa”, o narguilé é tradicionalmente usado no Sul da Ásia e no Oriente Médio, sendo um dispositivo onde se fuma um tabaco aromatizado.
É comum que as pessoas possuam a falsa impressão que o narguilé é menos prejudicial que o cigarro, no entanto, a literatura científica já produziu diversos estudos que associam seu uso ao desenvolvimento do câncer. Segundo um estudo publicado na revista americana “Public Health Reports”, uma única utilização de narguilé se iguala à ingestão do alcatrão de 25 cigarros.
“Há evidência científica que o associa à periodontite e à alveolite (inflamação alveolar após extração de dente), além das lesões potencialmente malignas (leucoplasias e eritroplasias)”, afirmou Gabriel Borges, mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB).
A OMS entende que a utilização global do narguilé, deve ser combatida por meio de campanhas e leis. Existem esforços de governos de países onde seu uso é cultural, como Irã e Emirados Árabes, no sentido de promover a redução desse tipo de fumo, com o objetivo de diminuir a incidência de doenças. A primeira Conferência Internacional sobre Uso de Narguilé ocorreu em Abu-Dhabi, onde culturalmente acontece o consumo.
Crédito foto: Jan Krömer/CC