Na segunda-feira, 26 de junho, o presidente Michel Temer recebeu uma denúncia feita pelo procurador-geral da Republica, Rodrigo Janot, que também apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. Ambos foram denunciados pelo crime de corrupção passiva. O procurador-geral também pede a cassação do mandato de Temer.
A denúncia tem base na delação dos acionistas e executivos, incluindo a de Joesley Batista, do Grupo J&F, que controla a JBS. Após saber da denúncia, o presidente Michel Temer se reuniu, ainda na noite de segunda, com seu marqueteiro Elsinho Mouco para discutir estratégias de enfrentamento a Janot. Passaram pelo Planalto também, os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil), Torquato Jardim (Justiça) e Grace Mendonça (AGU).
Nesta terça-feira (27), Elsinho Mouco confirmou que esteve com o presidente na noite passada e que Temer quer cobrar provas e detalhes da denúncia de Janot. Está é a primeira vez na história que um presidente é acusado formalmente por crime de corrupção ainda em exercício do mandato.
Em mensagem aos colegas do Ministério Público, Janot avisa que “ninguém está fota do alcance da lei” e que “o MP, mesmo nos momentos mais difíceis e sob as piores ameaças, não deixa e não deixará de cumprir a sua missão constitucional.”