Rodrigo Polesso é o criador do programa online de emagrecimento Código Emagrecer de Vez. “Além do excesso de carboidratos refinados e processados, que um dos grandes culpados pelos altos índices de obesidade, é preciso combater o consumo exagerado de produtos industrializados, que muitas vezes se dizem saudáveis, mas são verdadeiras armadilhas”, diz o especialista.

Ele destaca cinco exemplos de alimentos que muita gente ainda acha que ajudam a emagrecer, mas que podem ser vilões da dieta!

1. Pão integral
Segundo Polesso, o consumo de pães e farinha integral não significa necessariamente uma alimentação saudável. O especialista confirma que o trigo, integral ou não, é um grande vilão do emagrecimento, pois promove o descontrole dos hormônios insulina e leptina no corpo, fornecendo uma ‘lenha’ de má qualidade para o que Polesso chama de ‘fogueira do emagrecimento’.  “O trigo e seus derivados são digeridos pelo corpo muito mais rapidamente que o próprio açúcar puro, isso sem contar nos antinutrientes e no glúten, que é associado a uma grande variedade de problemas de saúde até mesmo em pessoas que não se dizem intolerantes a ela”, desmistifica.

2. Barra de cereal
Repletas de açúcar e carboidratos, as barras de cereal são vendidas como um “lanchinho” para que as pessoas não fiquem tanto tempo sem comer. Crítico dos alimentos industrializados, Polesso destaca que o hábito de comer barras de cereal exige a quebra de dois mitos. “Inventaram determinados tipos de alimentos para horas diferentes do dia, mas não existe nenhuma lei definindo o que deve ser consumido conforme a posição do sol, sendo que é possível consumir carnes ou oleaginosas em qualquer horário, por exemplo”, explica. O outro mito que o especialista procura desconstruir é a falsa ideia de que é necessário comer a cada 3 horas. “Ao se alimentar a cada 3 horas, ainda tipicamente carboidratos, se mantém o corpo em estado anabólico constante, mantendo os níveis de insulina elevados no sangue, o que por si só estimula o armazenamento de gordura e previne sua queima. Sem contar que este consumo constante de alimentos não permite que o corpo se refaça, se recicle e se regularize”, ensina.

3. Produtos light
Além de serem geralmente industrializados e repletos de ingredientes nocivos, os produtos que levam o nome “light” nas prateleiras do supermercado apresentam tipicamente redução de gordura boa. “Dessa forma, eles passam a ser verdadeiros aglomerados de carboidratos, quando são justamente as gorduras de qualidade que ajudam a prevenir o ganho de peso, através de uma maior saciedade, colaborando para ao emagrecimento”, explica, lembrando que as pesquisas mais recentes indicam a necessidade de consumir mais gordura do bem, como a que está presente nos ovos, oleaginosas e carnes.

4. Mel
Muitas pessoas passam a utilizar o mel como forma de adoçar algumas bebidas, mas Polesso destaca que o fato de ele ser produzido por abelhas não o impede de ser essencialmente açúcar. “Para as pessoas que querem perder peso como objetivo primário, eu sugiro que ele seja retirado ou bastante reduzido da dieta”, alerta. Segundo o especialista, pessoas que levam uma vida saudável e um estilo de vida magro podem consumir mel com moderação. “Depende muito da dose, mas simplesmente trocar o açúcar comum pelo mel não adianta para quem procura emagrecer com prioridade, já que o ideal é cortar o consumo de doces ao máximo, utilizando poucas e esporádicas doses de adoçantes mais saudáveis, como Estévia, Xilitol ou Eritritol”, completa.

5. Iogurtes industrializados
Polesso conta que os iogurtes naturais, bem como a manteiga, o queijo e outros derivados do leite, são alimentos bem-vindos na dieta, já que são ricos em gorduras de qualidade e proteínas, mas alerta para os tipos de iogurte repletos de açúcar, que geralmente são colocados como opções saudáveis às crianças. “A maioria dos iogurtes industrializados tem uma quantidade muito grande de açúcar, e ainda utilizam leite desnatado ou apenas o soro do leite, removendo muitos dos nutrientes mais importantes do alimento”, destaca.

Créditos: Vogue