A cidade de Hong Kong foi a mais visitada do mundo em 2016, com 26,5 milhões de turistas, informou a organização Euromonitor durante o evento World Travel Market (WTM) nesta terça-feira (7).
“Hong Kong continua no topo das cidades no mundo por se beneficiar de sua localização estratégica e sua relação com a China. No entanto, viu esse crescimento despencar em 2017, por conta das tensões na relação com a China, mas esse crescimento voltará a acontecer entre 2018 e 2025”, informou o analista sênior da Euromonitor.
A lista divulgada hoje mostra que as cidades asiáticas são as que “dominam” as viagens globais, “graças a imparável demanda de turistas na China”. Esse domínio é perceptível quando são analisadas as “top 10” do ranking.
Atrás de Hong Kong, vem Bangcoc (21,2 milhões), Londres (19,2 milhões), Singapura (16,6 milhões) e Macau (15,4 milhões). Na sexta colocação, aparece Dubai (14,9 milhões), Paris (14,4 milhões), Nova York (12,7 milhões), Shenzhen (12,6 milhões) e Kuala Lumpur (12,3 milhões).
Em 2010, havia 34 cidades da Ásia ou do Pacífico entre as 100 mais visitadas do mundo, número que subiu para 41 no relatório deste ano. Estima-se que em 2025, sejam 47 no ranking – praticamente a metade dos destinos.
– Europa:
Se a Ásia apresentou alta, a Europa apresentou queda no número de visitantes. De acordo com o estudo, os ataques terroristas ocorridos no Velho Continente podem ser um dos motivos na redução no número de visitantes. Londres e Paris mantiveram suas posições de destaque no Top 10, mas apresentaram queda no número de visitantes. Para se ter ideia, na Grã-Bretanha, apenas a capital está no ranking – na França, além de Paris, Nice aparece na 93ª.
No caso da Espanha, que sofreu atentados em Barcelona, a capital catalã aparece apenas na 23ª colocação e Madri está na 39ª. Somadas, elas receberam pouco mais de 12 milhões de pessoas. “Os ataques terroristas no Oriente Médio e no norte da África, em particular em Tunes e no Egito, mas também algumas cidades europeias como Paris e Barcelona, favorecem o crescimento na chegada em destinos com ofertas semelhantes, como Grécia e Itália”, destaca Geerts.
De fato, a Itália conta com quatro cidades na lista das 100 mais visitadas do mundo, mas nenhuma entre o Top 10. Roma é a mais bem colocada, na 12ª posição, Milão aparece no 27º lugar, Veneza vem na 38ª posição e Florença está na 44ª. Segundo as previsões do Euromonitor, a Itália deve receber 60 milhões de visitantes por ano até 2022, em um movimento de contínuo movimento. Em Roma, estima-se que 10 milhões de estrangeiros visitem a capital italiana até 2020.
– Américas:
O Brasil está representado na lista com apenas uma cidade: o Rio de Janeiro aparece na 88ª colocação, segundo o Euromonitor. Mesmo com uma alta de 12,6% no número de visitantes por conta dos Jogos Olímpicos de 2016, a “cidade maravilhosa” recebeu “apenas” 2,3 milhões de turistas – muito longe de outras cidades do próprio continente.
Ainda segundo a pesquisa, esse número deve apresentar uma retração neste ano por conta da ausência dos eventos de grande porte na capital fluminense. O Rio ficou bem atrás de outras cidades do continente, ficando de fora até do Top10 das Américas, sendo que as mais visitadas ficam nos Estados Unidos.
Nova York, que aparece na 8ª posição no ranking geral, é a que recebe mais turistas. Ela é seguida pelas norte-americanas Miami (20º no ranking mundial), Las Vegas (26ª) e Los Angeles (31ª). Depois surge a paradisíaca Cancún (32ª), Orlando (40ª), Toronto (51ª), San Francisco (54ª), Punta Cana (57ª), Honolulu (76ª), Rio de Janeiro (88ª), Buenos Aires (90ª), Cidade do México (94º) e Lima (95ª).
“Se os Estados Unidos continuam sendo o maior mercado de turistas para o México, o país está se voltando cada vez mais popular entre os visitantes da Europa e da Ásica”, informa Geerts. Ele ainda alerta que, se o governo de Washington seguir com os planos de sair do grupo econômico Nafta, poderá haver uma grande queda no número de visitantes ao território norte-americano.
“Se os EUA deixarem o Nafta e impuseram os 35% de tarifas nas importações do México, o que levaria a uma retaliação mexicana, o impacto nas viagens inter-regionais seria considerável. Nova York, a cidade mais visita dos EUA e a única cidade do país no top dez de mais visitadas, teria uma revisão já para 2017, com uma queda de 300 mil visitantes no pior dos cenários”, destaca Geers. Com informações da Ansa.
Créditos: Notícias ao Minuto