O verão está chegando e com ele os cuidados com a saúde, principalmente com a pele, devem ser redobrados. Com a intenção de estimular a prevenção e o diagnóstico ao câncer da pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a partir de 2014, deu início ao movimento “Dezembro Laranja”, para conscientizar a população sobre a doença. O problema é o mais comum entre todos os cânceres no Brasil e no mundo, correspondendo a 30% dos casos. São mais de 5 mil novos casos de melanoma por ano e 175 mil novos casos de câncer não melanoma no nosso país, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

O câncer de pele é um conjunto de tumores malignos que podem aparecer ao longo da vida, cuja causa principal é a exposição solar excessiva. “Peles de fototipo baixo, pessoas com histórico familiar ou pessoal de câncer de pele, pessoas que se expuseram excessivamente ao sol na infância e adolescência, histórico de queimaduras solares na juventude e pessoas que trabalham muito expostas ao sol são fatores de risco que aumentam a possibilidade de desenvolver a doença”, explica a dermatologista do Hospital Anchieta, Barbara Uzel.

Tipos de câncer de pele

O câncer não melanoma é o tipo mais comum e menos agressivo, associados à destruição local. Aparecem como pintas avermelhadas ou da cor da pele que crescem progressivamente ou como feridas que nunca cicatrizam, principalmente nas áreas expostas ao sol. “O melanoma é mais raro e mais agressivo, se não for diagnosticado precocemente pode levar a morte. Geralmente aparece como pintas escuras de rápido crescimento”, alerta a especialista.

Sintomas

De acordo com Barbara Uzel, para procurar ajuda médica o mais rápido possível, é importante que as pessoas fiquem alerta em relação às alterações que acontecem na pele. “Pintas ou feridas de surgimento recente e crescimento rápido ou pintas antigas que mudam de padrão, passando a crescer muito, coçar, sangrar ou mudar de cor são os principais sintomas. É necessário que o paciente perceba os sinais do ABCDE: A- assimetria; B- bordas irregulares; C- cor; D – dimensão (maior que 6mm) e E- evolução (se o sinal apresentar as mudanças citadas)”.

Diagnóstico e tratamento

Através do exame dermatológico detalhado utilizando-se a dermatoscopia é possível detectar a doença. Para pacientes com muitas pintas e fatores de risco indica-se o exame de mapeamento corporal e em caso de lesões suspeitas, realiza-se a biópsia de pele. “O tratamento vai depender do tipo de câncer, mas em geral a recomendação é a remoção cirúrgica que tem taxa de cura maior que 90%, nos casos de câncer não melanoma”, conclui a médica.