Em testes em cobaias, cientistas verificaram que dietas ajudaram a proteger órgão de inflamação associada à idade.
Dietas que combinam restrição de calorias com pouco consumo de gordura podem conter o envelhecimento cerebral e ajudar na prevenção de doenças associadas, como Alzheimer e outras demências, diz estudo publicado nesta segunda-feira (12) na “Frontiers in Molecular Neuroscience”.
Os pesquisadores também demonstraram que essas dietas são relativamente mais eficazes na prevenção do envelhecimento que a prática de atividade física.
Cientistas testaram a ação da restrição calórica no cérebro de cobaias e descobriram que a dieta desativa a ação da microglia, um tipo de célula do sistema imune.
Quando ativada, essa célula contribui para inflamações no cérebro que levam ao envelhecimento e a problemas no pleno funcionamento neurológico.
Para chegar a esse resultado, cientistas investigaram o impacto das dietas no cérebro de ratos de 6 meses de idade. A análise foi feita em células da microglia em uma região específica do órgão: o hipotálamo, associado à memória.
Em uma outra etapa, eles também testaram as células de ratos de 2 anos de idade que passaram por um regime de exercícios. Por fim, foram feitos testes em cobaias da mesma idade que passaram por dietas restritivas (redução de 40%).
Com os testes, eles fizeram duas descobertas principais:
- Para ter possível efeito protetor, as dietas pobres em gordura precisam ser combinadas com restrição calórica. Não basta seguir só uma delas;
- Nesses testes específicos, o exercício foi significativamente menos eficaz que a restrição calórica. No entanto, outros trabalhos demonstraram que a prática de atividade física ajuda a reduzir o risco para doenças neurodegenerativas.
Desse modo, cientistas alertam que mais estudos são necessários para avaliar o impacto dessas descobertas diretamente na prevenção dessas doenças.
Uma questão é que esses ratos tiveram basicamente essas dietas ao longo da vida: outros estudos seriam necessários para avaliar se a adoção dessas dietas mais tarde na idade adulta, por exemplo, poderiam reverter os efeitos de hábitos alimentares anteriores.
Fonte: Bem estar / Globo