Métodos contraceptivos reversíveis de longa duração (LARC, sigla em inglês para Long-Acting Reversible Contraception) são opções seguras para evitar no longo prazo uma gestação não planejada, sem a necessidade da intervenção diária da paciente e sem prejudicar a fertilidade no futuro. Esses contraceptivos devem ser indicados e inseridos por ginecologistas, e podem permanecer no corpo da mulher por até dez anos, dependendo do método escolhido.

Estes métodos são altamente eficazes não dependem de lembrança por parte da usuária o que diminui o índice de esquecimento e falha.  A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) lançou um folheto informativo sobre o tema e que foi disponibilizado em seu site para esclarecer as dúvidas de todas as mulheres em idade reprodutiva, inclusive as mulheres e/ ou adolescentes sem filhos, sobre o uso de métodos como o DIU medicado (também conhecido como DIU hormonal), DIU de cobre e implante contraceptivo.

Seguros e práticos, os LARCs possuem altos índices de satisfação, principalmente por não necessitar que a mulher lembre-se de tomar um medicamento todos os dias na mesma hora para garantir a ação contraceptiva. Por esse motivo, pode ser uma boa opção para jovens no início da vida sexual, que acabam se esquecendo de tomar pílulas da forma correta, ficando expostas a uma gestação não planejada.

Segundo o último estudo da Associação para o Planejamento da Família (APF), apenas uma a cada cinco jovens diz nunca ter se esquecido de tomar a pílula da forma correta. Entre as mulheres que se esquecem do medicamento, 6% esquece uma vez ao mês, enquanto 4,8% se esquecem de tomar o medicamento várias vezes nesse mesmo período. Isso reforça a segurança anticonceptiva dos métodos de longo prazo, auxiliando na prevenção da gravidez indesejada. Pois, ao contrário dos métodos de curto prazo, como as pílulas, que tem sua eficácia reduzida pelas falhas humanas, os dispositivos intrauterinos e implante não dependem diretamente das pacientes, que têm mais liberdade e segurança.

Dentre as opções de longo prazo mais recomendadas pelas entidades americanas e pela Febrasgo estão o DIU, um dispositivo intrauterino em forma de “T” que é inserido no útero da paciente. Ele pode ser medicado (DIU hormonal) com o hormônio progesterona, que é liberado diariamente no organismo, ou de cobre, sendo que ambos têm forte ação local impedindo a fecundação no longo prazo, podendo ficar no corpo da mulher de cinco a 10 anos. Outra opção são os implantes hormonais subcutâneos na forma de um bastão de 4 cm que é inserido abaixo da pele do braço, agindo por até três anos. Para escolher o melhor método de longa duração, converse com seu ginecologista e conheça a opção mais adequada para você.