Cientista da Universidade RMIT na Austrália criaram uma forma divertida e barata para que o indivíduo possa acompanhar a sua exposição ao sol. A pulseira, tem quatro tipos de emojis, com um sensor de papel com desenhos em tinta sensível a radiação ultra-violeta(UV).
À medida que a exposição aos raios UV aumentam, as carinhas também vão mudando, assim a pessoa poderá saber quando está exagerando na exposição ao sol.
Segundo os pesquisadores, o acessório é capaz de distinguir dois tipos de raio ultra violeta, o A e o B. É importante ressaltar também a pulseira pode ser regulada de acordo com a cor da pele do usuário, quanto mais melanina, mais tempo de bronze a pessoa aguenta, e mais a pulseira demora para escurecer.
De acordo com o Instituto do Câncer, a expectativa é que no Brasil surjam 600 mil novos casos de câncer em 2018. E apesar da invenção uma boa ideia, o dermatologista Wesley Ferreira, faz um alerta! O sol é o principal vilão. A exposição solar está diretamente ligada a doença. Em cada 10 casos, três estão relacionados ao estilo de vida que as pessoas levam. Então é preciso evitar a exposição à ele.
O dermatologista Wesley Ferreira, da Clínica Singular, explica que cada um dos tipos de radiação solar tem sua especificidade. “Os raios UVA, por exemplo, incidem uniformemente durante todo o dia e têm grande capacidade de penetração em camadas mais profundas da pele. Sua absorção, a médio e longo prazos, é responsável por efeitos destrutivos na pele, como envelhecimento, perda de elasticidade, manchas e até o surgimento do câncer”.
O oncologista Cristiano Resende, do Instituto Onco-Vida/ Oncoclínicas informa que a exposição solar tem efeito cumulativo. “Estudos recentes revelam que a proteção ao sol na infância e adolescência reduzem significativamente os riscos de câncer de pele. Sabe-se que cerca de 80% de toda radiação solar que recebemos durante toda a vida se concentra nos primeiros 18 anos de idade, e é nessa fase que todos ficam mais expostos ao ar livre, o que significa mais radiação”, esclarece.
Já os raios UVB, por sua vez, incidem principalmente entre as 10h e às 16h e provocam a vermelhidão na pele, também chamada de eritema solar. Depois de exposições prolongadas, ocasionam queimaduras graves seguidas de formação de bolhas, descamação e lesões precursoras de câncer.
Dr. Wesley Ferreira faz um alerta para os fatores de risco ao câncer de pele. “Indivíduos de pele mais clara, que se queimam facilmente e nunca se bronzeiam quando expostos ao sol, são mais susceptíveis ao câncer de pele. O uso regular de cabines de bronzeamento (agora proibido pela ANVISA) aumenta em até 75% a chance de se ter um câncer de pele, por gerar exposição desprotegida à Radiação Ultra Violeta A. Antecedentes familiares prévios de câncer de pele, queimaduras ou cicatrizes em áreas expostas ao sol também servem de alerta para uma maior chance e requerem mais cuidado”, ressalta.
Como se Proteger?
A Radiação UltraVioleta pela exposição desprotegida ao Sol, principalmente em horários de pico, é o mais importante fator de risco que pode ser evitado para se prevenir o câncer de pele.
- Aplique generosa camada de filtro solar de amplo espectro (que proteja contra UVA e UVB – veja o rótulo do produto) e resistente a água de modo generoso em todas as áreas expostas. A nova recomendação da Academia Americana de Dermatologia é de que o Fator de Proteção Solar (FPS) seja no mínimo de 30. Reaplique-o aproximadamente de 2/2 horas, mesmo em dias nublados; e após nadar ou suar.
- Proteja-se usando roupas que cubram as áreas mais expostas, tais como calças, blusas de malha de manga longa, chapéus de abas largas e óculos de sol, sempre que possível.
- Procure recrear-se a sombra sempre que apropriado. E use a sua própria sombra como seu guia de horários impróprios: sempre que a sua sombra for mais curta do que a sua altura (i.e. das 10:00 às 16:00hs), evite ficar ao sol.
- Proteja as crianças desde cedo, educando-as a aplicar o filtro com freqüência, usar roupas protetoras, chapéus e a brincar na sombra, sempre que possível.
- Redobre os cuidados perto de espelhos d’água, areia, neve ou qualquer outra superfície que possa refletir a luz do sol, pois elas aumentam as chances de queimaduras solares.
- Se necessário, solicite ao seu médico que avalie se você deve fazer complementação oral de Vitamina D, após todos esses cuidados com a exposição solar. Isto porque o sol é importante na síntese desta vitamina e, ao menos nos países não tropicais, tem sido relatada deficiência relativa de vitamina D em indivíduos que não pegam nenhum sol. No nosso Brasil tropical raramente isto é necessário.
Fonte: Divulgação