Comportamento fora do comum precisa ser acompanhando por um médico

O corpo necessita transpirar para equilibrar a temperatura e eliminar as toxinas. Porém, se o suor é excessivo, mesmo sem fazer nenhum esforço fora do normal ou se o ambiente estiver ameno, é interessante ter o acompanhamento de um médico para avaliar o caso. A hiperidrose, como é chamada cientificamente, pode ocorrer de forma focal ou generalizada, como nas axilas, palmas das mãos e plantas dos pés.

O médico dermatologista da Clinica Monte Parnaso, Luciano Morgado, explica que a hiperidrose pode se agravar com o stress, porém a maioria dos pacientes sua também em repouso, mesmo não estando tão estressados. “O paciente começa a notar o excesso de suor nas mãos e pés, que ficam sempre pingando, escorregadios, causando desconforto e constrangimento no dia a dia. Já na região das axilas, observam-se as camisas sempre molhadas na região”, conta.

De acordo com o médico, a genética é o principal fator. Além disso, o stress e a obesidade estão bastante ligados à causa. Pesquisas recentes indicam que as áreas de axilas, mãos e pés são as mais comumente afetadas pela  hiperidrose. Apontam também uma prevalência de 60% de mulheres afetadas contra 40% dos homens. “Alguns trabalhos mostram também acentuação dos sintomas nos pacientes com obesidade. Pode ser tratada com medicamentos tópicos que inibem o suor, como o cloridrato e cloridróxido de alumínio e o triclosano”, explica Morgado.

Nos casos não controlados com os medicamentos tópicos, uma excelente opção terapêutica é o Botox (toxina botulínica), que bloqueia a transmissão nervosa para as glândulas sudoríparas da área afetada, diminuindo significativamente o suor nas áreas por um período médio de 8 meses, quando pode então ser reaplicada. “Resultados definitivos podem ser conseguidos com uma cirurgia torácica vídeolaparoscópica, a simpatectomia. Todavia, pode ocorrer sudorese compensatória em alguns casos em outros locais, como o abdome”, completa o médico da Clínica Monte Parnaso.

Fonte: Divulgação