Nos meses de agosto e setembro, a estiagem atinge o momento de pico no Distrito Federal. A região está há mais de 50 dias sem chuva e, à medida que a umidade relativa do ar cai, a dificuldade de respirar e os problemas de pele aumentam. Nesse momento, entra em cena um problema já bastante familiar entre os brasilienses: a alergia.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% dos habitantes do planeta possuem algum tipo de intolerância à poeira doméstica, pó, mofo, pólen de plantas, entre outros. No Brasil, atualmente, 35% dos brasileiros padecem desse mal e a secura só agrava o desconforto. “O tempo seco traz vários sintomas de alergias, principalmente entre as pessoas que têm rinite, piorando a obstrução e aumento da secreção nasal”, explica a Dra. Marly Marques da Rocha, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) no Distrito Federal.
Segundo a médica, as principais alergias nessa época do ano são rinite, asma e coceira na pele, sendo mais comum em pacientes com dermatite e idosos. “Para evitar o problema durante a seca, é necessário beber muita água e manter os cômodos da casa ou apartamento sempre limpos e livres de poeira. Também é bom evitar o contato com pelos de animais; odores fortes, como fumaça de cigarro, ou perfumes e produtos de limpeza. Fuja de ambientes fechados ou com poluição”, adianta a Dra. Marly. A médica ressalta ainda que, pessoas com histórico de alergias a ácaros e fungos devem evitar usar umidificadores, pois a umidade produzida por esses aparelhos pode favorecer o crescimento desses microrganismos.
Os sintomas mais comuns relacionados à asma são crise de tosse seca, chiado, falta de ar, cansaço ou aperto no peito. Já na rinite alérgica pode aparecer coceira no nariz, entupimento nasal, coriza e espirros frequentes, parecendo que a pessoa está sempre gripada. Há ainda a rinoconjuntivite alérgica, que além dos sintomas nasais, também apresenta uma associação com sintomas oculares como vermelhidão, lacrimejamento, inchaço e coceira nos olhos. “Em todos os casos, a higienização nasal ajuda a melhorar os sintomas porque retira o contato dos alérgenos com a mucosa e umidifica a viscosidade do muco nasal. Usar soro fisiológico nas narinas e lubrificantes nos olhos durante três ou quatro vezes ao dia também é recomendado. Além disso, beber muita água e fazer atividades físicas antes das 10 horas ou após às 17h, quando o ar está mais úmido, são formas de aliviar os sintomas. Em casos de sinais persistentes ou diários, sprays que contêm corticóides nasais e orais podem ser indicados para crise de rinite e asma, mas sempre prescritos após uma avaliação médica”, explica a médica.
A alergia de pele também é comum durante a seca. Entre os principais tipos, há a dermatite atópica, que se caracteriza por um processo inflamatório da pele com períodos alternados de melhora e piora. É uma doença que afeta cerca de 20% das crianças e 3% dos adultos, tem origem genética e é considerada crônica. Não é contagiosa e está associada à asma e rinite. “Além de ter um fator hereditário, que determina a secura da pele, a dermatite atópica pode ter vários desencadeantes como alimentos, aeroalérgenos (ácaros, fungos, epitélio de animais), perfumes e suor. Os aspectos emocionais desempenham um importante papel, podendo desencadear ou agravar o quadro, tendo papel fundamental na autoestima dos pacientes. O tratamento é baseado no controle da doença e o alívio dos sintomas. A necessidade de medicamentos varia para cada pessoa, seja criança ou adulto, de acordo com o tipo e intensidade das lesões na pele. No entanto, recomenda-se um banho por dia (não mais), rápido e com água morna; hidratante e sabonete para manter e refazer a barreira cutânea, mas sempre orientados pelo médico; e a imunoterapia, também conhecida como vacina de alergia, que poder ser recomendada em alguns casos, a critério do médico especialista em Alergia”, ressalta a especialista. Para prevenir o problema, é fundamental manter a hidratação da pele contínua mesmo no período fora de crise; usar roupas leves, de preferência de tecidos de algodão e malhas, evitando os sintéticos, lycra ou jeans;não tomar remédios por conta própria e não passar produtos na pele, sem orientação médica. “Banhos de sol também são ótimos aliados e devem ser, de preferência, nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer. Ao sair da piscina ou praia também é preciso cuidado. A orientação é tirar toda a roupa molhada e tomar um banho rápido, com aplicação de creme hidratante em seguida. E claro, usar protetor solar sempre que se expuser ao sol”, recomenda a Dra Marly.
O tratamento básico e primordial, de acordo com a alergista, é afastar o agente causal. Além disso, como a pele de pessoas alérgicas, por apresentar menor produção de gorduras naturais, fica mais áspera – provocando coceira e feridas e facilitando infecção por bactérias e fungos – além da via oral, também é indicado o uso de medicamentos sob forma de pomadas, cremes e loções. “O uso contínuo de um hidratante é necessário para evitar o ressecamento da pele. Dê preferência aos produtos sem conservantes ou outros componentes com potencial irritante como propilenoglicol, parabenos e outros. Os produtos manipulados são livres dessas substâncias”, afirma a Marly Rocha.
Para aliviar o problema, a Farmacotécnica desenvolveu o conceito Suav Derm, uma linha – composta por loção, gel creme, shampoo, condicionador e o fotoprotetor FPS 50 – com bases e ativos cosmecêuticos, sem substâncias com potencial de desenvolver alergias e reações de sensibilização. “Essas fórmulas não contêm nenhum biocida ou preservantes típicos e atuam de forma preventiva, uma vez que não contêm as substâncias conhecidamente sensibilizantes”, afirma a farmacêutica Janaína Martins, da Farmacotécnica. A loção biomimética hidratante Suav Derm, por exemplo, traz em sua fórmula o Biometic, uma manteiga de palmeira que restaura a barreira cutânea, e também Hydracontrol, que favorece a formação de ceramidas e normaliza a descamação da pele. “Todos os produtos são veganos (não contém ingredientes de origem animal ou que foram testados em animais) e podem ser montados de acordo com as necessidades de cada pessoa, após a avaliação do médico”, orienta.
Para melhorar a umectação e emoliência das fossas nasais, a farmacêutica indica o Emoliente Nasal Glicerinado, que atua como hidratante e emoliente das regiões danificadas e irritadas, decorrentes dos danos causados pelo frio e vento, contribuindo para o bem-estar e restabelecimento da zona perinasal. “O produto gera uma película emoliente que reduz a friabilidade das cavidades nasais em virtude da baixa umidade do ar, evitando sangramentos causados pelo ressecamento. Esta fórmula também possui função higiênica, limpando as fossas nasais, além de atenuar irritações provocadas por distúrbios agudos ou crônicos das vias respiratórias”, explica Janaína Martins.
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