A doença gera e/ou piora psoríase, acne e vitiligo. Normalmente, a ansiedade e a depressão também podem se manifestar juntamente com os problemas cutâneos
O Brasil foi considerado o segundo país mais estressado do mundo, de acordo com pesquisas realizadas pela International Stress Management Association (Isma – Brasil), em 2017. O problema acomete grande parcela dos brasileiros que, por sua vez, apresentam sintomas físicos do esgotamento mental. O corpo humano passa a indicar que há algo de errado de formas sutis, porém, que merecem a atenção da população. A pele, normalmente, sofre imediatamente com a situação.
A psoríase genética – placas vermelhas que descamam pelo corpo -, acne e vitiligo são os problemas mais comuns gerados e/ou piorados nessa época de maior tensão. Por meio de um estudo realizado na Divisão de Medicina Psicocutânea, do St. Luke’s Roosevelt Hospital, em Nova York, foi possível observar que, em média, 25% dos indivíduos que buscaram ajuda dermatológica também apresentaram sintomas de depressão e ansiedade. Esses fatores dificultam a melhora do paciente que, além de sofrer com o estresse, também desenvolve outras doenças.
“As células entram em um processo de inflamação quando o indivíduo está estressado. Nesse momento, há a liberação de substancias que são inflamatórias em todo organismo e isso pode causar urticária (coceiras) ao ponto de gerar bolinhas vermelhas no corpo”, explica Luciana Segatto, enfermeira do Cenfe, primeiro centro clínico especializado em tratamento de feridas do DF
Outro sintoma associado ao nervosismo são as indesejadas aftas e herpes. Segatto pontua que o herpes do tipo 1 – presente, normalmente, na mucosa oral e da face – está presente em 90% das pessoas, contudo, só são ativadas em alguns indivíduos. Na maior parte dos casos, àqueles que possuem altas taxas de estresse são os mais acometidos pela doença.
“Para que a pessoa diminua o estresse, recomendamos a ingestão de chás com folha de maracujá, que possui propriedades calmantes e ansiolíticas. O consumo de alface também auxilia no relaxamento dos músculos. Plantas como passiflora, kava-kava e valeriana também são capazes de agir no sistema nervoso como sedativos leves e camantes”, aconselha a enfermeira que, além disso, reforça a necessidade da prática de atividades físicas, da alimentação balanceada e de uma boa noite de sono.
Como identificar
O estresse é uma reação do organismo presente pela necessidade de sobrevivência à seleção natural. Esse estímulo passa a ser considerado uma doença quando atinge altos níveis de hormônios por períodos prolongados ao ponto de interferir em atividades cotidianas.
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, entretanto, costumam ser físicos e emocionais. Àqueles que passam pelo problema tendem a sentir náuseas e/ou tonturas, dores no peito, quedas constantes na imunidade, cansaço contínuo e perda na libido. Também é comum existir alterações no humor, irritabilidade, sensação de sobrecarga, infelicidade, choro fácil e até mesmo sentimento de solidão.
“O estresse ainda não é, oficialmente, considerado uma doença pela a Organização Mundial de Saúde (OMS), mas, em função do alto percentual populacional que sofre com este mal, a entidade já alertou ser uma epidemia local. É preciso estar atento à doença”, complementa Segatto.
Fonte: Divulgação