Após quase 60 anos no mercado de cirurgias, próteses de silicone estão mais confortáveis, anatômicas, seguras e leves
Não é novidade que os brasileiros adoram cirurgias plásticas. Prova disso é que, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS), o Brasil está em segundo lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, atrás apenas dos Estados Unidos e à frente de países como Japão e México. Dentre os procedimentos, não há dúvidas sobre o mais procurado: mamoplastia de aumento. O último censo bianual da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostra que o aumento de mama é a intervenção preferida das brasileiras.
Desde a década de 1960, quando foi realizado o primeiro implante de silicone, muita coisa mudou e evoluiu na técnica. Hoje em dia, existem diversos formatos, materiais, texturas e tamanhos disponíveis entre as próteses – que, de acordo com o cirurgião plástico Ricardo Rezende, são indicadas para as pacientes de acordo com algumas variáveis. “Cabe ao cirurgião decidir, durante a consulta, a melhor opção de prótese levando em consideração a sua experiência, os anseios da paciente e a estrutura física de cada uma. Isso traz um resultado harmônico, gracioso e bastante satisfatório”, explica.
Linda e leve
O mais recente lançamento nesta área é uma prótese de mama mais leve, que utiliza tecnologia de ponta para reduzir o peso total do implante em até 30%. Trata-se da B-Lite, produzida em Israel e considerada a prótese mais leve do mundo. “O avanço da tecnologia nos últimos anos permitiu muitas melhorias na área. A espessura e a densidade das próteses se aproximam cada vez mais do tecido mamário natural, o que as tornam confortáveis para a mulher”, aponta o médico.
Dr. Ricardo garante que a vantagem estética da B-Lite aparece somente a longo prazo, pelo fato de ela reduzir a ação da gravidade nas mamas. “A curto prazo, o resultado estético é o mesmo. A queda das mamas, que chamamos ptose mamária, ocorre naturalmente ao longo dos anos, e a prótese pode ser um fator que contribui para isso, por conta do peso. Com a chegada de implantes mais leves, isso passa a não ser tanto uma questão”, diz. Contudo, por enquanto as B-Lites ainda não estão sendo comercializadas em solo brasileiro. O esperado é que elas sejam introduzidas no mercado daqui em 2020.
Outros avanços
Além da novidade, diversas outras melhorias foram implementadas às próteses de silicone ao longo dos anos. “A superfície dos implantes mamários tem sido renovada com coberturas texturizadas e até nanotexturizadas. Elas protegem a superfície da prótese, resultando em baixos índices de contaminação e contratura capsular”, conta Dr. Ricardo.
Outro avanço é sobre a questão de ter que trocar as próteses após 10 anos. Hoje em dia, um implante de boa qualidade pode durar de 15 a 20 anos. “Uma eventual troca se dá apenas por motivos estéticos, como a ptose mamária, ou por problemas como a contratura capsular, que é a perda da elasticidade da cápsula que envolve a prótese. Sem contar que as técnicas de aumento das mamas são cada vez menos invasivas e deixam cicatrizes mais camufladas e menos perceptíveis”, finaliza.