Em comemoração ao Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado nesta segunda-feira (25), saiba as recomendações dos enfermeiros e os mitos mais comuns acerca do procedimento
Nesta segunda-feira (25), é comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue. De acordo com o Mistério da Saúde, o mês de novembro foi escolhido para auxiliar os estoques de sangue no país que, normalmente, entram em baixo nível nessa época, por conta do final de ano e das festividades que envolvem o período.
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) costuma manter atualizado, no site oficial (fhb.df.gov.br), o estoque de sangue da instituição. Com os dados das pesquisas divulgadas na última quinta-feira (21), conclui-se que, por hora, é necessário redobrar a atenção para os tipos O+, O- e AB-, que estão abaixo da média ideal.
Ana Flora Gobbo, coordenadora de Enfermagem do Centro Universitário Uniceplac, explica que essas doações são fundamentais para salvar a vida de pessoas que passam por tratamentos e intervenções médicas de grande porte e complexidade. “Ao doar sangue, o indivíduo permite que um paciente realize transfusões, transplantes, procedimentos oncológicos e diferentes tipos de cirurgias”, pontua.
Para ser um doador, é necessário apresentar o documento oficial de identidade com foto e ter entre 16 e 69 anos. Além disso, vale lembrar que os indivíduos devem pesar mais de 50 kg.
“No dia da doação, a pessoa não poderá realizar o procedimento em jejum, pois pode causar mal-estar e desencadear problemas físicos. O doador deve, também, se manter em repouso por seis horas na noite anterior, sem ingerir bebidas alcóolicas nas doze horas antes da doação. Além disso, recomendamos que se evite fumar por, pelo menos, duas horas, antes e depois da doação”, explica Gobbo.
Depois da doação, alguns cuidados devem ser levados em consideração para que o doador se recupere de forma saudável. Entre as principais recomendações, evitar esforço físico exagerado pelas próximas doze horas é a que mais deve ser frisada para que não haja complicações futuras. Os enfermeiros também solicitam que o indivíduo ingira bastante água e que evite bebidas alcóolicas ao longo do dia.
“A doação de sangue é importante, pois além de ser um gesto de solidariedade, ao doar uma pequena quantidade do seu sangue você está tendo a oportunidade de ajudar o outro. O procedimento é seguro e possibilita que o estoque de uma instituição se mantenha preenchido para atender futuras demandas para os pacientes”, conclui.
Mitos sobre a doação de sangue
Gobbo explica que muitas pessoas ainda deixam de doar sangue por conta dos mitos voltados ao procedimento. Para esclarecer o assunto, seguem as principais dúvidas acerca da doação, respondidos pela coordenadora de Enfermagem:
Posso doar sangue menstruada?
Sim. Não há nenhum problema quanto a isso. A mulher pode doar sangue menstruada.
Doar sangue engrossa ou afina o sangue?
Não engrossa nem afina o sangue. Isso é um mito.
Doar sangue engorda ou emagrece?
Não engorda nem emagrece. Esse é outro mito.
Quem está fazendo regime para emagrecer pode doar sangue?
Sim. Dietas para emagrecimento não impedem a doação de sangue, desde que a perda de peso não tenha comprometido a saúde do doador.
Grávidas podem doar sangue?
Não, mas após o período gestacional, em casos de parto normal, a mulher pode doar depois de três meses; em caso de cesariana, após seis meses. Se estiver amamentando, a mulher deve aguardar 12 meses após o parto.
Quem fuma pode doar sangue?
Sim, mas é recomendável um intervalo sem fumar de pelo menos 2 horas antes.
Quem tem tatuagem pode doar sangue?
Sim, desde que tenha feito a tatuagem há mais de um ano.
Quem recebeu transfusão de sangue pode ser doador de sangue?
Sim. Quem recebeu transfusão de sangue pode doar sangue, mas precisa esperar um ano para fazer a doação. Quem recebeu transfusão de sangue há menos de 12 meses pode estar ainda no período em que as doenças nem sempre são detectadas nos exames, o que é conhecido como janela imunológica; por isso fica temporariamente impedido de doar sangue.
Quem doa sangue uma vez é obrigado a doar sempre?
Não. Doar sangue não cria dependência no organismo da pessoa nem é um ato obrigatório, pelo contrário, é um ato voluntário, que só depende do desejo de a pessoa voltar ao Hemocentro dentro do prazo mínimo de espera para fazer mais de uma doação.
A quantidade de sangue coletada a cada doação afeta a saúde?
Não. O volume coletado não ultrapassa 10-15% da quantidade de sangue que o doador possui. Esse volume é reposto naturalmente pelo organismo em até 24 horas após a doação.
Há risco de contaminações durante a doação de sangue?
Não há nenhum risco de contaminação durante a doação de sangue, pois todos os materiais utilizados para doação de sangue são descartáveis e de uso único.
Fonte: Divulgação