Saiba quando é preciso buscar ajuda médica

O cérebro é um órgão delicado e extremamente importante para o funcionamento do nosso organismo. Uma pancada na cabeça pode levar a uma lesão e deixar sequelas severas e até mesmo ocasionar o óbito. Mas, o que fazer caso aconteça um acidente que provoque um trauma nessa região?

Segundo o neurocirurgião da NeuroAnchieta, Dr. Marco Sainz, deve-se ter atenção aos sintomas após a batida. “Em casos graves pode haver desmaio, convulsão – perda de consciência associada a movimentos involuntários -, sangramento ou perda de líquido claro pelos ouvidos, dilatação de uma pupila e falta de resposta a estímulos. Nas situações mais leves, dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão borrada, sonolência e desorientação. Nesses casos, a procura pelo serviço de pronto atendimento médico é adequada”, orienta.

Ainda de acordo com o especialista, na maioria das vezes os sinais aparecem rapidamente, ou seja, logo após a ocorrência da pancada. O tratamento e a observação podem levar de um a dois dias. “Porém, principalmente em pessoas idosas, pode haver demora de até algumas semanas no surgimento de sintomas mais severos”, alerta.

Para quem passa por um trauma na cabeça, o exame clínico foca primordialmente no estado de consciência e orientação, resposta do indivíduo à fala e a estímulos diversos. Além disso, realiza-se a avaliação de alteração neurológica. “O paciente é classificado como caso leve ou severo, o que serve para acompanhar a evolução e para recomendar exames radiológicos. Após a avaliação clínica, alguns pacientes passam por tomografia computadorizada do cérebro que pode apontar edemas ou hematomas cerebrais, fraturas da cabeça, corpos estranhos penetrantes e até presença de ar na região cerebral”, explica o médico.

Existe tratamento?

De acordo com o neurocirurgião, os casos mais leves podem ser apenas observados ou até receber medicações para combater o inchaço. Já os mais graves, podem necessitar de cirurgias para retirada de hematomas, corpos estranhos, ossos fraturados ou fechamento de falhas que permitem a saída do líquido que protege o tecido cerebral e a medula espinhal e a entrada de infecções.

Sequelas

A depender da gravidade e do tempo que se leva para iniciar o tratamento, a pessoa pode se recuperar totalmente, não apresentando nenhuma sequela. Mas, casos mais sérios podem levar a dores de cabeça crônicas, perdas de função neurológica específica – visão, equilíbrio, motricidade, memória -, até transtornos mais graves que prejudicam a consciência e a interação da pessoa com o mundo ao seu redor.

Quedas na infância

É bastante comum que as crianças sofram quedas quando começam a dar os primeiros passos e mesmo mais velhas, durante as brincadeiras em casa, na escola ou na rua. Nem sempre os tombos representam uma preocupação, mas quando ocorre uma batida na cabeça e o aparecimento de alguns sintomas, os pais devem se atentar para a necessidade de procurar ajuda médica. “Desmaio, falta de resposta adequada a estímulos ou à fala, convulsões, sangramentos pelos ouvidos ou nariz, perda de líquido claro pelas mesmas extremidades, manchas roxas ao redor dos olhos, afundamento evidente da cabeça, sonolência ou vômitos. Todos esses são sinais de alerta de que algo não está normal e precisa ser avaliado por um especialista.

Exames recomendados

Segundo o radiologista do Anchieta Diagnósticos, Dr. Felipe Landeira, em casos de pancadas na cabeça podem ser solicitados radiografia (raio-X) e tomografia computadorizada de crânio e da coluna cervical para avaliar possíveis traumas.

O especialista explica que os exames de imagem são utilizados em contextos de gravidade moderada e alta. Já nos traumas do tipo leve, seu uso é criterioso. “Nos casos mais leves, alguns sinais de alerta que indicam a realização dos exames são suspeita de fratura no crânio, saída de sangue ou secreção pelo nariz ou ouvidos, olhos arroxeados, episódios repetidos de vômitos, crises convulsivas, perda de consciência por tempo superior a cinco minutos, entre outros”, pontua.

O Anchieta Diagnósticos conta com estrutura e corpo técnico capacitado para realização desses exames, que são rápidos e indolores. “No caso da tomografia computadorizada, o paciente fica deitado numa cama que passa por dentro de um aparelho em forma de tubo, e permanece imóvel durante a aquisição que dura até cerca de um minuto. No exame de raio-X, o aparelho fica à distância e o procedimento dura apenas alguns poucos segundos”, relata o médico.

Fonte: Divulgação