Gizele Monteiro estuda o controle de peso na gravidez e a volta do corpo da mulher após a maternidade há 20 anos, sendo referência no Brasil e na Europa

Os vários estudos ao longo dos mais de 30 anos mostram variações na prevalência da diástase entre 35% e 60%. Essa diferença ocorre conforme o método e período da avaliação, sendo os mais comuns de 6 meses até 1 ano pós-parto. Infelizmente, o tema é pouco conhecido entre as mulheres e muitas delas imaginam que a diástase é uma gordura e que somente com cirurgias plásticas ou exercícios pesados conseguirão eliminar. Porém, a diástase abdominal não se reverte com exercícios comuns, tratamentos estéticos, cinta modeladora, pilates, yoga ou crossfit. Muitas vezes, esses exercícios prejudicarão ao invés de solucionar o problema. A especialista pioneira no assunto e referência no Brasil e na Europa, Gizele Monteiro, desenvolveu programas de exercícios online especializados no assunto para auxiliar as mulheres durante a gestação e a recuperação do corpo após a maternidade.

Quando a mulher engravida, os músculos vão se esticando e se abrindo conforme o passar dos meses de gestação. Isso ocorre para que o bebê tenha espaço na barriga. “Esse estiramento que o músculo e a pele sofrem enfraquecem muito a musculatura. Sabe aquela sensação de estar tudo solto dentro de você, após o parto? Realmente está. O que acontece é que por estar tudo fraco e solto, o músculo acaba não voltando ao lugar como deveria e é esse espaço que fica na barriga que chamamos de diástase”, explica Gizele Monteiro, que há 20 anos trabalha com mães e gestantes na prevenção e reversão da diástase abdominal.
COMO SABER SE O QUE TENHO É DIÁSTASE ABDOMINAL?
Após o parto já é possível saber se está com diástase. A região abaixo do umbigo ficará mole e flácida. Outro ponto perceptível é o estômago alto e a barriga de grávida que não diminui após o nascimento. “Na gestação o músculo perde a força e isso deixa a barriga flácida, fraca e estufada, exatamente com a aparência de grávida. Em alguns casos a diástase e a fraqueza são tão grandes que há a queda da barriga caracterizando um avental. Ela também pode ficar estufada como se você estivesse grávida de 5 ou 6 meses”, completa a especialista.

Para se certificar de que é uma diástase abdominal deve-se:

1.Deitar de barriga para cima, com os joelhos dobrados e os pés no chão.
2.Levante a cabeça como se fosse realizar um exercício abdominal, certificando-se de que o tronco se aproxima do quadril.
3.Posicione a mão no centro da barriga. Essa linha central é que deve ser avaliada.
4.Examine próximo do umbigo, mas também para cima e para baixo dele, passando os dedos por toda a linha alba procurando um local onde sente que seus dedos irão afundar. A região que a mão afundar é a diástase.
PRINCIPAIS QUEIXAS CAUSADAS PELA DIÁSTASE
Gases, barriga inchada, sensação de tudo solto por dentro, dificuldade na digestão, desconforto estomacal, escapes de xixi, dor nas costas, quadril, cervical, lombar e pernas, barulho alto na barriga, pele solta e flácida, refluxo (pós gravidez), hérnia umbilical ou outros tipos.
COMPLICAÇÕES
Suas consequências ainda são desconhecidas por muitas mulheres e uma diástase não revertida pode ocasionar muitos problemas para a saúde, como: hérnia de disco, problemas na coluna, flacidez da barriga e estrias. “É comum também que as mães apresentem quadros de tristeza e depressão causadas pela barriga que não voltou e o excesso de pele. Muitas delas se sentem feias, com vergonha ou pouco atraentes para seus parceiros”, finaliza Gizele Monteiro.
O QUE FAZER PARA REVERTER A DIÁSTASE ABDOMINAL?
A diástase abdominal precisa de um programa de exercícios especializados para fortalecer toda a musculatura que foi fragilizada durante a gravidez. Também se faz necessário fortalecer o períneo e alinhar a postura
Fonte: Divulgação