Estima-se, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que mais de 8 milhões de mulheres podem estar com endometrite, doença que pode causar infertilidade.

Mas em todo o mundo estima-se que esse número gire em torno de 176 milhões. A endometrite é uma doença silenciosa que pode estar afetando milhões de mulheres em todo o mundo, sendo, portanto, importante falar sobre a relação entre FIV e endometrite.

Quer saber mais sobre essa relação? Leia o texto!

OS PROBLEMAS DE INFERTILIDADE

O útero tem uma função específica na fertilidade da mulher: sustentar os 9 meses de gestação. A sua condição, portanto, é fundamental para que a mulher possa ter filhos. Se houver alterações uterinas, a fertilidade da mulher pode reduzir.

Existem alguns fatores que diminuem a fertilidade feminina: entre as principais causas relacionadas à infertilidade podemos citar a idade da mulher, problemas anatômicos uterinos, desequilíbrios hormonais, a própria endometriose ou mesmo a exposição a certos produtos químicos, o consumo de cigarro e excesso de peso.

Conhecer essas informações é fundamental para que as mulheres consigam conhecer seu corpo e prevenir o seu futuro.

CONHECENDO A ENDOMETRITE

A endometrite é uma inflamação do endométrio, o revestimento interno do útero. Entre os seus sintomas estão a febre, dores abdominais e sangramento ou até excessivo corrimento vaginal. A endometrite pode ser dividida em aguda e crônica.

A aguda geralmente é causada por uma infecção que passa pelo colo uterino, que pode ter causa um abortamento ou até a colocação de um DIU. Já a endometrite crônica é mais comum após a menopausa. O tratamento é realizado geralmente com antibióticos.

A endometrite é uma doença muito comum, uma patologia ainda muito estudada.

FIV E ENDOMETRITE

FIV (fertilização in vitro) é hoje a técnica de reprodução assistida mais complexa e que oferece as maiores taxas de gravidez. No entanto, uma das causas de falha de FIV é a endometrite, portanto a doença deve ser tratada antes do início da técnica.

O processo da FIV e o sucesso da fecundação do óvulos pelo espermatozoide, feita em laboratório, dependem de uma série de fatores, por isso o casal sempre passa por uma avaliação profunda antes da indicação da técnica.

A endometrite pode ser assintomática ou provocar sintomas discretos, o que aumenta sua prevalência na população, portanto a suspeita da qualquer anormalidade deve motivar sua investigação.

ENDOMETRITE E INFERTILIDADE

Nos últimos anos, os avanços tecnológicos permitiram detalhar com maior precisão como as células endometriais funcionam, conhecendo a fundo as suas funcionalidades, em distintas fases do processo de gravidez. A endometrite prejudica a função do endométrio e pode, consequentemente, levar à infertilidade.

Entre as possíveis causas para a endometrite, podemos mencionar:

  • DSTs;
  • Corpos estranhos intrauterinos;
  • Infecções causadas por dispositivos intrauterinos;
  • Restos de placenta;
  • Abortamento espontâneo;
  • Interrupção cirúrgica da gravidez.

Entre os fatores de risco para a endometrite estão a anemia acentuada, anormalidade no fluxo sanguíneo e previsões da menstruação, febre, útero volumoso, dores no útero, etc.

INVESTIGAÇÃO DA INFERTILIDADE

Quando o casal procura a reprodução assistida, desde a consulta inicial, é feita uma investigação da infertilidade. Essa investigação depende da entrevista com o casal e de uma série de fatores. O homem geralmente faz um espermograma e a mulher realiza ultrassonografia e outros exames complementares.

Qualquer sintoma relatado pelo casal é considerado pelo médico. A individualização do tratamento é fundamental para aumentar as possibilidades de sucesso das técnicas de reprodução assistida. A melhor indicação faz a diferença e detectar as alterações, por menor que sejam, pode levar ao sucesso.

Durante a investigação, podem ser diagnosticadas doenças e condições que estejam prejudicando a fertilidade. Elas devem ser tratadas corretamente antes da reprodução assistida. Há casos em que o tratamento das doenças ou condições já aumenta as chances até de uma gravidez natural.

O mais importante é sempre procurar um médico quando houver a presença de sintomas.