Entre os dias 23 e 27 de junho aconteceu a edição N51 do São Paulo Fashion Week. Ao todo, 43 marcas participaram do evento que, pelo segundo ano consecutivo, foi exibido de forma virtual em função da COVID-19.
Entre estreias, marcas veteranas e os designers participantes do Projeto Sankofa, coletivo de estilistas racializados que levou oito grifes para desfilarem suas coleções na semana de moda, rolou muita inspiração, criatividade, reflexões sobre a pandemia e peças tendências que poderíamos dar um ctrl C da passarela e um ctrl V direto para o nosso guarda-roupa.
Abaixo, confira os destaques do SPFW 2021:
Juliana Jabour
Roupas extravagantes, que ocupam espaços e que vibram com cores chamativas são a vontade da estilista para o pós-pandemia. E a nossa também!
Anacê
A alfaiataria contemporânea da marca estreante ficou ainda mais descolada com a modelagem exagerada.
Ronaldo Fraga
A mistura que forma a cultura da região do Cariri Cearense foi o que inspirou Ronaldo a criar. O resultado? Peças em linho com muitas cores e trabalhos manuais riquíssimos que dão até vontade de enquadrar, tamanha beleza.
Aluf
“Onde está a beleza do cotidiano?”, se perguntou Ana Luísa Fernandes, fundadora da marca, para criar a coleção apresentada no SPFW. Foram nas mesas de madeira de sua casa, enquanto se isolava durante a pandemia, que ela se inspirou para produzir os acessórios e peças que enfeitaram os looks com o material.
Ateliê Mão de Mãe
As mãos do trio Patrick Fortuna, Luciene Brito e Vinicius Santana, participantes do Projeto Sankofa, fazem o crochê virar mágica e criam peças tão impactantes que é impossível não ficar hipnotizado com tanta beleza.
Meninos Rei
As mangas supervolumosas e os tecidos coloridos e estampados foram a aposta da marca que também faz parte do projeto Sankofa.
ÀLG
O universo do basquete deu o tom do sportwear moderno da marca nesta coleção.
Isabela Capeto
A estilista olhou para as plantas alimentícias não-convencionais e traduziu esses elementos em cores, bordados e estampas ultratrabalhadas, que já fazem parte do DNA da grife.
A estética kinderwhore, que surgiu nas bandas de punk femininas nos anos 1990 e misturava referências infantis aos looks, o filme Laranja Mecânica e até a série Euphoria serviram de inspiração para o estilista Tom Martins.
Modem
O minimalismo colorido tem vez graças à grife, que olhou o seu passado para criar o futuro apresentado no SPFW.
Triya
A vida e obra de Frida Kahlo foram a inspiração da marca de beachwear, que transformou as cores e estampas que permeiam o trabalho da artista em estampas, assim como seus famosos autorretratos.
Another Place
A marca nos convidou a dançar à bordo do seu streetwear moderno em uma realidade paralela onde não existe pandemia, existem apenas as peças com modelagem segunda pele e a cor verde.
Santa Resistência
Elizabeth de Toro, princesa de Uganda, a primeira mulher negra a cursar Direito na Universidade de Cambridge e modelo que abriu o caminho para as mulheres negras nas revistas de moda foi a musa da coleção.
Apartamento 03
A mistura do conforto, que foi tão presente na nossa vida no último ano, e o luxo, do qual sentimos tanta falta, se misturaram na coleção apresentada pela marca. Será essa a receita da moda para quando a vida se normalizar?
João Pimenta
Se no ano passado o estilista criou uma coleção que refletia nossas angustias e incertezas sobre a doença que avançava pelo mundo causando medo e muita dor, nesta edição do SPFW ele decidiu mergulhar no escapismo, na cor e na liberdade. A técnica do upcycling foi explorada pelo designer e garantiu modelos glamourosos.
Os sentimentos que nos fizeram questionar o cotidiano durante a pandemia deram o tom da coleção, que foi inspirada em peças clássicas da marca e tiveram a fluidez como destaque.
Carol Bassi
Uma carta de amor ao Rio de Janeiro foi a inspiração da designer, que fez a sua estréia nesta edição do SPFW. A coleção, criada em parceria com o stylist Marco Gurgel, é composta apenas de vestidos coloridos e com detalhes volumosos.
Isaac Silva
A natureza e a cultura afroindígena permearam a coleção do estilista, que quis exaltar a importância do nosso passado e da nossa terra nesse momento em que ambos são ameaçados com a falta de proteção política.
Ponto Firme
Peças que seriam descartadas ganharam uma nova cara graças ao crochê feito pelo estilista Gustavo Silvestre e por egressos que foram capacitados pelo projeto Ponto Firme, que ensina técnicas de costura à pessoas em situação de privação de liberdade.
Renata Buzzo
Texturas trabalhadas com perfeição transformam as peças, que foram inspiradas nos astros e nos poemas.
Naya Violeta
A ancestralidade e o fogo, que celebra o poder da vida, foram o ponto de partida da estilista, que faz parte do Projeto Sankofa. A estamparia com desenhos que remetem à natureza e as peças vermelhas com bordados em alto relevo roubaram à cena.
Misci
Coleção brasileiríssima, feita apenas com tecidos nacionais, que exalta nosso país e se inspira na mulher brasileira. Peças-desejo que poderíamos sair usando agora mesmo!
Weider Silverio
Proporções extras, formas geométricas, estampas florais e transparência deram o tom da estreia do estilista no SPFW.
A. Niemeyer
Conforto, reconexão com nós mesmos e com a natureza e o artesanal foram o ponto de partida para essa coleção, que traduz parte dos sentimentos que muitos de nós tivemos na pandemia.
Flávia Aranha
A estilista usou materiais reunidos por ela durante o último ano de pandemia para criar uma colcha de retalhos de memórias, reflexões e intenções para o futuro.
Fonte: Revistaglamour