Objetivo do Mission X é ser o carro de rua mais rápido no circuito alemão de Nürburgring Nordschleife
Ferdinand Porsche começou a construir carros ainda na virada do século 19 para o 20. Mas foi só duas décadas e meia depois que seu sobrenome passou a ser exibido nos veículos criados por ele. Hoje, a Porsche é uma das fabricantes mais respeitadas (e lucrativas) do mundo. E que agora comemora seus 75 anos com a apresentação do Mission X, um superesportivo elétrico de apenas dois lugares que promete quebrar uma série de recordes.
O primeiro e mais impactante é ser o veículo de rua mais rápido no circuito de Nürburgring Nordschleife. Isso significa percorrer os 21 km da lendária pista alemã em menos de 6:35.183s, marca registrada pelo Mercedes-AMG One. A Porsche não revelou números de potência e torque, mas fez outra promessa: o Mission X deve ter relação de peso/potência próxima de 1 cv para cada quilograma.
Assim, se o peso for de 1.500 kg — algo bem plausível para um esportivo atual — os motores elétricos deverão entregar o equivalente a algo perto de 1.500 cv – muito mais que qualquer outro modelo produzido pela Porsche atualmente.
A autonomia também é um mistério. Mas o objetivo da marca é que as baterias possam ser recarregadas na metade do tempo do Taycan Turbo S atual, que é de 22 minutos e meio para ir de 5% a 80% em carregadores ultrarrápidos.
A Porsche trata o Mission X como um conceito e sequer confirma que o modelo será produzido. Mas faz questão de colocá-lo junto de outros supercarros comemorativos da empresa, como 959, Carrera GT e 918 Spyder — os dois últimos criados para celebrar os aniversários de 55 e 65 anos da empresa, respectivamente.
O Mission X tem medidas semelhantes às desses dois últimos superesportivos — cerca de 4,50 m de comprimento e 2,73 m de entre-eixos. A altura é de apenas 1,20 m. Em nome da aerodinâmica, a Porsche decidiu usar rodas de tamanhos diferentes nos eixos dianteiro e traseiro. Na frente, aro 20. Atrás, 21 polegadas.
Inspiração em outros clássicos
Maso visual do Mission X é inspirado em outros modelos da Porsche. O teto transparente é feito de vidro leve com uma moldura de plástico reforçado com fibra de carbono. Já as portas são presas na coluna A e no teto e têm abertura para cima, como no 917 que disputou as 24 Horas de Le Mans.
Contrariando a tradição de ter faróis arredondados, o Mission X foi buscar inspiração nos carros de corrida 906 e 908 para o conjunto óptico frontal, que traz uma peça vertical posicionada bem rente ao solo.
Nas traseira, há enormes difusores de ar integrados ao para-choque. As lanternas são compostas por duas finas barras horizontais, que percorrem toda a largura do veículo e são apenas cortadas pela inscrição Porsche feita de material translúcido (e que pode ser iluminada). Quando o Mission X está carregando, a letra E do nome da fabricante tem efeito de pulsação.
A cabine é assimétrica e completamente pensada para o motorista (ou piloto). Os bancos são do tipo concha, produzidos com plástico reforçado com fibra de carbono. Além disso, são de cores diferentes — cinza para o motorista e marrom para o passageiro. Os cintos de segurança são integrados ao monocoque e trazem esquema de fixação de seis pontos.
Outra prova de que o Mission X é feito para as pistas, mas com permissão para rodar nas ruas, é o volante retangular aberto, semelhante ao de um carro de Fórmula 1. Nele, há seletores dos modos de condução.
Além de apreciar a carona,o passageiro tem à disposição um quadro de instrumentos que pode contemplar um cronômetro.
A Porsche ainda não confirmou se o Mission X vai dar origem a um veículo de produção, mas tudo indica que o próximo supercarro da marca alemã está prestes a nascer e terá muito do conceito apresentado como celebração de 75 anos. Que belo presente de aniversário!
Fonte: Auto Esporte