K3 foi apresentado no México com medidas similares ao do Cerato e motores aspirados usados no Hyundai Creta
Depois do Cerato sair de linha no Brasil, a Kia apresentou no México um sedã que poderá substituí-lo. Trata-se do inédito K3, nome que é usado pelo próprio Cerato em outros mercados. A grande novidade, além do visual, é que o modelo poderá matar o Rio Sedan e usar motor do Hyundai Creta.
A estratégia seria similar ao que a Honda fez no Brasil com o City, que agora é vendido com a carroceria de hatch para substituir o finado Fit. Apesar de compacto, o modelo tenta conquistar os clientes do Civic, que subiu de patamar e ficou consideravelmente mais caro que rivais como Toyota Corolla e Nissan Sentra, porque agora é vendido somente com motor híbrido. E falando em vendas do Civic, foram apenas 16 nos últimos três meses.
A ideia do K3 de substituir dois sedãs de uma vez só está diretamente ligada ao seu porte. O modelo tem 4,54 metros de comprimento, o que significa 16 cm a mais que o Rio Sedan e 9,7 cm a menos que o Cerato.
O entre-eixos é de 2,67 m, o que promete ampliar a oferta de espaço interno. O porta-malas comporta 544 litros de bagagens, mais que os 520 litros do Cerato.
Visual ousado
O visual do K3 deverá causar boas impressões por onde passar. O sedã usa elementos vistos no SUV EV9 e no sedã K5, antigo Optima.
A dianteira é marcada pela tradicional grade batizada de “nariz de tigre”, que foi reestilizada e se conectada aos faróis de LED. Há uma segunda grade na parte inferior do para-choque. A traseira segue a mesma linguagem visual com lanternas conectadas que invadem a lateral do veículo e tem um filamento vertical.
No interior, a Kia adotou no K3 a tendência atual de integrar telas do cluster de instrumentos e central multimídia. O volante é o mesmo do SUV EV6, eleito recentemente oCarro do Ano na Europa e testado por Autoesporte.
Motores de Creta
Com a necessidade de cumprir restrições maiores de emissões de poluentes, boa parte dos lançamentos atuais são de veículos eletrificados. Não é o caso do K3. O sedã não adotará sequer motores turbinados. Aliás, os dois propulsores usados são conhecidos do mercado brasileiro.
O primeiro deles é o 1.6 aspirado de 126 cv presente no Hyundai Creta Action e que também equipava o falecido e breve Kia Rio. A segunda opção é o 2.0 aspirado de 154 cv utilizado pelo Creta Ultimate. O câmbio pode ser manual ou automático de seis marchas.
Entre os equipamentos, destaque para ar-condicionado digital de duas zonas, sistema de iluminação ambiente com até 64 cores, seis airbags, frenagem autônoma de emergência e monitor de pontos cegos.
Fonte: Auto Esporte