Criação de agência esbarra em resistências dentro do Planalto

No retorno ao Brasil, após participação na Assembleia Geral da ONU em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dará prioridade às discussões sobre a criação da Autoridade Climática.

A minuta do estatuto jurídico da Autoridade Climática está na mesa do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que apresenta resistências ao formato e se contrapõe ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), de onde surgiu a proposta.

Costa quer que a estrutura responda à Casa Civil, enquanto Marina Silva defende que a Autoridade Climática esteja subordinada ao MMA.

Lula vê a futura agência como uma espécie de porta-voz do Brasil no exterior, com a responsabilidade de acompanhar metas de preservação do meio ambiente e de redução das emissões de gases-estufa.

Caso o governo opte por criar uma autarquia ou administração com função ministerial, precisará também negociar com o Congresso Nacional, responsável por, eventualmente, avalizar uma medida provisória sobre o assunto.

As cúpulas da Câmara e do Senado fizeram chegar ao presidente Lula que a indicação à vaga deve ser por um nome “neutro”, apesar de Marina Silva atuar para emplacar um ambientalista.

A proposta em debate surgiu após as recentes queimadas no país, mas recupera uma promessa de campanha do presidente Lula nunca implementada.

 

 

 

 

 

Fonte: CNN Brasil